Organizações insistem em tourada na Praça de Touros da Póvoa. Câmara diz não

As associações Aplaudir, Clube Taurino Povoense e PróToiro estão a organizar uma tourada para 21 de Julho na Praça de Touros da Póvoa de Varzim. Mas a Câmara, assumidamente “anti-touradas”, garante que não existem condições de segurança para a realização do evento.

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GonCßalo Dias

A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e várias organizações tauromáquicas que querem organizar uma tourada no recinto daquela cidade estão num braço de ferro. Apesar de já terem sido iniciadas as obras de demolição da praça e de estas organizações terem sido “avisadas com antecedência” dessa decisão, sublinha Andrea Silva, vereadora na Câmara da Póvoa e responsável da empresa municipal Varzim Lazer, as associações Aplaudir, Clube Taurino Povoense e PróToiro estão a organizar uma tourada neste local para este domingo, dia 21, às 22h, tendo até sido divulgado um cartaz.

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A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e várias organizações tauromáquicas que querem organizar uma tourada no recinto daquela cidade estão num braço de ferro. Apesar de já terem sido iniciadas as obras de demolição da praça e de estas organizações terem sido “avisadas com antecedência” dessa decisão, sublinha Andrea Silva, vereadora na Câmara da Póvoa e responsável da empresa municipal Varzim Lazer, as associações Aplaudir, Clube Taurino Povoense e PróToiro estão a organizar uma tourada neste local para este domingo, dia 21, às 22h, tendo até sido divulgado um cartaz.

Rui Porto Maia, responsável pelo Clube Taurino Povoense (CTP), afirmou, em declarações ao PÚBLICO, que “quem emite as licenças [para a realização do espectáculo] não é a autarquia”. “A tourada faz parte da cultura portuguesa”, acrescentou o presidente do CTP, que juntamente com os responsáveis da Aplaudir e da PróToiro avançou para tribunal. Este, por sua vez, notificou a autarquia, que vai pronunciar-se. Andrea Silva, representante do município que se declarou “anti-touradas”, garantiu, contudo, que “não será possível a realização desta tourada porque há falta de condições de segurança”.

Embora Rui Porto Maia considere que “é a Inspecção Geral das Actividades Culturais quem tem que dar um parecer” e defenda que “a Praça de Touros é pública, dos poveiros”, Andrea Silva assevera que “a praça está sem licenças”, pelo que “não existem condições para a realização do espectáculo”.

A Praça de Touros da Póvoa de Varzim está, actualmente, sob alçada da empresa municipal Varzim Lazer, que gere e arrenda a propriedade. No entanto, como já havia sido adiantado pelo PÚBLICO, a câmara anunciou a demolição da praça para que se crie um espaço multiusos, a Póvoa Arena.

Segundo a Inspecção Geral das Actividades Culturais, “não foi requerida nenhuma vistoria pelo proprietário ou explorador da Praça de Touros em questão”, não sendo possível “antecipar as condições técnicas e de segurança em que a mesma se encontra”.

Texto editado por Ana Fernandes