Não há Green New Deal em capitalismo

Com o crescimento eleitoral expectável de partidos verdes, o centro aproxima-se de algumas reivindicações de índole ambiental. Mas será isso suficiente para travar o colapso climático? Dificilmente.

Já quase não é preciso repetir: a concentração de dióxido de carbono na atmosfera é a mais elevada dos últimos três milhões de anos, as emissões de 2018 voltaram a bater recordes históricos e os últimos cinco anos são os cinco mais quentes desde que há registos. Estes números são uma avalanche à escala geológica que tarda em produzir uma reacção humana sequer remotamente adequada. No entanto, os resultados eleitorais das últimas eleições europeias viram pela primeira vez falar-se de um programa de combate às alterações climáticas, chamado em muitos sítios de “Green New Deal”. Nos próximos anos seguramente (apesar do tarde que já vem) surgirão programas destes para tentar suprir os rotundos falhanços que foram as políticas internacionais climáticas dos últimos 30 anos. Mas haverá qualquer possibilidade de sucesso dentro do actual sistema económico?

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Já quase não é preciso repetir: a concentração de dióxido de carbono na atmosfera é a mais elevada dos últimos três milhões de anos, as emissões de 2018 voltaram a bater recordes históricos e os últimos cinco anos são os cinco mais quentes desde que há registos. Estes números são uma avalanche à escala geológica que tarda em produzir uma reacção humana sequer remotamente adequada. No entanto, os resultados eleitorais das últimas eleições europeias viram pela primeira vez falar-se de um programa de combate às alterações climáticas, chamado em muitos sítios de “Green New Deal”. Nos próximos anos seguramente (apesar do tarde que já vem) surgirão programas destes para tentar suprir os rotundos falhanços que foram as políticas internacionais climáticas dos últimos 30 anos. Mas haverá qualquer possibilidade de sucesso dentro do actual sistema económico?