Centeno diz que Portugal é hoje “um país muito diferente”

Ministro das Finanças elege envelhecimento, avanços tecnológicos e aumento das desigualdades como prioridades para o futuro.

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Miguel Manso/Arquivo

O ministro das Finanças, Mário Centeno, defende que Portugal é hoje “um país muito diferente”, tendo reemergido de um período de recessão severa com “forças renovadas”. 

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O ministro das Finanças, Mário Centeno, defende que Portugal é hoje “um país muito diferente”, tendo reemergido de um período de recessão severa com “forças renovadas”. 

“Estamos num caminho de convergência maduro com os nossos parceiros europeus. Reformámos a nossa Segurança Social e os sistemas de Educação e Formação. Reformámos o mercado de trabalho (três grandes reformas em dez anos) e o sector financeiro. Fizemo-lo para promover o desenvolvimento sustentado”, disse Centeno, na abertura da Reunião Conjunta do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa, que decorreu em Lisboa​. 

“Diferentes tendências emergem agora, trazendo riscos e oportunidades. Envelhecimento, avanços tecnológicos e aumento das desigualdades devem ser tratados como uma prioridade para o futuro”, disse. Estes desafios, de acordo com Mário Centeno, implicam promover maior acesso à educação de alta qualidade e a uma maior participação da força de trabalho, bem como o acesso melhorado a um sistema de saúde universal, um sistema de pensões sustentável, a par da protecção do ambiente, através da mitigação e adaptação às alterações climáticas.

O ministro das Finanças destacou a importância do apoio do banco de desenvolvimento em investimentos para melhorar serviços públicos e no reforço de capital humano e coesão social em todo o país. Citou como exemplos o centro de refugiados, recentemente inaugurado, e o projecto de energia solar no Alqueva, que serão visitados durante o fim-de-semana pelos representantes do banco.

O ministro destacou ainda o apoio do banco de desenvolvimento à Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), que segundo o governante irá contribuir para financiar investimentos de micro, pequenas e médias empresas portuguesas que promovam a sua sustentabilidade, eficiência energética, crescimento e criação de emprego.