O meu botão é o vosso butan*: uma crónica em três episódios

Há pouco mais de um ano, um grupo de pressão intitulado Decolonize This Place insurgia-se numa carta aberta contra a nomeação, pelo Brooklyn Museum, de Kristen Windmuller-Luna como curadora da secção de Arte Africana. Os signatários da carta, rapidamente aplaudidos e seguidos por outros grupos afins, não se indignavam por falhas no currículo da curadora, mas por ela ser mulher e branca. Diziam que nos dias de hoje esse museu tomara uma decisão “surda ao tom” (usando esta última palavra no seu duplo significado relativo aos universos sonoro e visual) e que perdera mais uma vez a oportunidade de se descolonizar, perpetuando o “divórcio” entre a comunidade onde se inseria, de maioria não-branca, e as políticas do museu.

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Há pouco mais de um ano, um grupo de pressão intitulado Decolonize This Place insurgia-se numa carta aberta contra a nomeação, pelo Brooklyn Museum, de Kristen Windmuller-Luna como curadora da secção de Arte Africana. Os signatários da carta, rapidamente aplaudidos e seguidos por outros grupos afins, não se indignavam por falhas no currículo da curadora, mas por ela ser mulher e branca. Diziam que nos dias de hoje esse museu tomara uma decisão “surda ao tom” (usando esta última palavra no seu duplo significado relativo aos universos sonoro e visual) e que perdera mais uma vez a oportunidade de se descolonizar, perpetuando o “divórcio” entre a comunidade onde se inseria, de maioria não-branca, e as políticas do museu.