Um dos últimos moradores do prédio Coutinho sai para visitar a mulher mas pode voltar

Quem sair do prédio já não é autorizado a entrar, mas a VianaPolis abriu uma excepção para este caso, tendo em conta que em causa está um grave problema de saúde.

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O prédio Coutinho é num edifício de 13 andares cuja demolição está prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis ADRIANO MIRANDA (arquivo)

Um dos últimos nove moradores do prédio Coutinho, em Viana do Castelo, saiu este domingo para ir ao hospital visitar a mulher, que está gravemente doente, mas pode regressar ao edifício “a qualquer momento”, se assim o entender.

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Um dos últimos nove moradores do prédio Coutinho, em Viana do Castelo, saiu este domingo para ir ao hospital visitar a mulher, que está gravemente doente, mas pode regressar ao edifício “a qualquer momento”, se assim o entender.

Trata-se de um homem de 89 anos, que na última semana permaneceu no prédio na companhia de um dos filhos, que também saiu para visitar a mãe.

“O nosso advogado falou com o presidente da Câmara e teve a garantia que podemos sair e depois voltaremos a entrar. Lamento que não tivesse oportunidade para me despedir da minha mãe e não sei se ainda vou conseguir a tempo de o fazer”, referiu o filho.

O prédio Coutinho é num edifício de 13 andares cuja demolição está prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis, por ser considerado um “aborto urbanístico”.

No entanto, a batalha judicial iniciada pelos moradores vem impedindo a concretização do projecto, iniciado quando José Sócrates era ministro do Ambiente. Para o local onde está instalado o edifício, está prevista a construção do novo mercado municipal da cidade.

A acção de despejo dos nove últimos moradores no prédio esteve prevista para as 9h de segunda-feira, na sequência de uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, de Abril, que declarou improcedente a providência cautelar movida em Março de 2018.

No entanto, os moradores recusaram-se a sair e mantêm-se no prédio. A VianaPolis já cortou a electricidade, o gás e a água do prédio, estando também proibida a entrada de alimentos.

Quem sair do prédio, já não é autorizado a entrar, mas a VianaPolis abriu uma excepção para o caso de hoje, tendo em conta que em causa está um grave problema de saúde.