Origem étnico-racial no censos: Grupo de Trabalho pede audiência com ministra

O PS também já tinha pedido que o presidente do INE explique ao Parlamento o “chumbo” da inclusão de uma questão sobre origem étnico-racial no Censos 2021, contra a recomendação do Grupo de Trabalho feita em Abril.

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Guilherme Marques (arquivo)

Cinco elementos do Grupo de Trabalho “Censos 2021 - Questões Étnico-Raciais” enviaram um pedido de audiência à ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva, depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter decidido excluir dos censos a pergunta sobre a origem étnico-racial dos cidadãos.

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Cinco elementos do Grupo de Trabalho “Censos 2021 - Questões Étnico-Raciais” enviaram um pedido de audiência à ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva, depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter decidido excluir dos censos a pergunta sobre a origem étnico-racial dos cidadãos.

“A iniciativa da criação do grupo partiu do Governo e cabe-lhe explicar o que pretende fazer com as circunstâncias que ditaram a criação deste grupo uma vez que não se alteraram de então para cá”, lê-se no comunicado enviado às redacções. “Compete ainda ao Governo assumir como pretende responder aos desafios colocados pelos movimentos sociais e pelas instâncias internacionais sobre a necessidade da recolha de dados étnico-raciais para efeito de elaboração de políticas públicas de combate às desigualdades étnico-raciais”, acrescenta a nota.

A carta, dirigida à ministra com a tutela do INE, é assinada por Anabela Rodrigues, Cristina Roldão, José Semedo Fernandes, Mamadou Ba e Marta Araújo.

Na passada sexta-feira, o grupo Parlamentar do PS enviou um requerimento a pedir que o presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Francisco Lima, explique ao Parlamento o “chumbo” da inclusão de uma questão sobre origem étnico-racial no Censos 2021, contra a recomendação do Grupo de Trabalho feita em Abril. A recomendação era suportada por uma sondagem da Universidade Católica em que 80% concordava com essa pergunta no censos e 84% dizia que responderia.

Dias antes, o presidente do INE, Francisco Lima, disse que o instituto optou pela posição expressa pela minoria dos elementos do GT que se opunham à inclusão daquela pergunta nos censos, alegando que esta era uma questão sensível e não consensual na sociedade portuguesa.