Banksy: Génio ou Vândalo?, o retrato não-autorizado do artista anti-sistema que vale milhões

A exposição que abre esta sexta-feira em Lisboa é rejeitada pelo artista mas é também, para o bem e para o mal, um ponto da sua situação — Banksy como íman do mercado e agente da sociedade do espectáculo. “É completamente OK tanto do ponto de vista moral quanto do ponto de vista legal”, argumenta o comissário. É uma “desautorização”, contrapõe a portuguesa Wasted Rita.

Foto
A exposição que agora chega à Cordoaria Nacional passou antes por Madrid SAMUEL DE ROMAN/GETTY IMAGES

A exposição Banksy: Génio ou Vândalo?, que abre esta sexta-feira em Lisboa, está em pleno terreno da ironia e não só pelo sarcasmo em que o artista embebe as suas obras mais conhecidas. É “a primeira grande exposição de Banksy em Portugal”, mas Banksy não a autorizou e incluiu-a na sua lista negra nesta e noutras paragens que já fez pelo mundo. Mas se a operação divide as águas quanto à sua legitimidade, acaba também por sinalizar o actual estatuto do artista. Que é “uma espécie de vedeta da intervenção — mas do espectáculo também”, aponta Miguel Januário. Um artista ao qual ainda é possível “reconhecer integridade” apesar do seu mediatismo, defende por sua vez Wasted Rita.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A exposição Banksy: Génio ou Vândalo?, que abre esta sexta-feira em Lisboa, está em pleno terreno da ironia e não só pelo sarcasmo em que o artista embebe as suas obras mais conhecidas. É “a primeira grande exposição de Banksy em Portugal”, mas Banksy não a autorizou e incluiu-a na sua lista negra nesta e noutras paragens que já fez pelo mundo. Mas se a operação divide as águas quanto à sua legitimidade, acaba também por sinalizar o actual estatuto do artista. Que é “uma espécie de vedeta da intervenção — mas do espectáculo também”, aponta Miguel Januário. Um artista ao qual ainda é possível “reconhecer integridade” apesar do seu mediatismo, defende por sua vez Wasted Rita.