Presidente do PSG indiciado por corrupção activa

Autoridades suspeitam que o magnata tenha pago 3 milhões de euros a um ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo. Campeonato Mundial desse desporto realiza-se em Doha, este Verão.

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Magnata controla o Paris Saint-Germain Reuters/CHRISTIAN HARTMANN

Nasser Al-Khelaïfi, presidente do Paris Saint-Germain, foi indiciado por corrupção activa no âmbito de um processo judicial sobre suspeitas relativas à atribuição da organização dos Mundiais de Atletismo a Doha, no Qatar.

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Nasser Al-Khelaïfi, presidente do Paris Saint-Germain, foi indiciado por corrupção activa no âmbito de um processo judicial sobre suspeitas relativas à atribuição da organização dos Mundiais de Atletismo a Doha, no Qatar.

Segundo escreve o jornal francês Le Parisien, os investigadores suspeitam que o empresário tenha “validado” um pagamento de 3,1 milhões de euros, feito pela sociedade Oryx Qatar Sports Investement (detida pelo irmão) a uma sociedade de marketing desportivo senegalesa dirigida por Papa Massata Diack, cujo pai, Lamine Diack, é ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) e antigo membro do Comité Olímpico Internacional (COI).

Papa Massata Diack, que foi consultor de marketing da IAFF até 2014, tem estado envolvido em vários casos de corrupção ligado ao desporto, sendo neste momento alvo de investigações das autoridades francesas. 

Nasser Al-Khelaïfi já tinha sido ouvido pela justiça francesa no final de Março. O advogado do empresário, Francis Szpiner, citado pela revista France Football, diz que estas afirmações são “totalmente falsas”, acrescentando que as acusações “não se baseiam em quaisquer provas tangíveis”.

Não é a primeira vez que Nasser Al-Khelaïfi é suspeito de corrupção. Em 2017, a Procuradoria Federal Suíça abriu processos criminais ao empresário por alegados subornos em matéria de direitos televisivos nos Mundiais de Futebol de 2026 e 2030.