Até deitado se pode lutar contra as alterações climáticas

Por todo o mundo, centenas de activistas da Extinction Rebellion deitaram-se no chão de transportes públicos, em museus ou centros comerciais a fim de alertar para as consequências das alterações climáticas.

Fotogaleria

Ao contrário do punho cerrado e de cartazes erguidos, os apoiantes do movimento global Extinction Rebellion deitaram-se este sábado no chão dos transporte públicos, em museus ou em centros comerciais para sublinhar o risco da extinção da raça humana como resultado das alterações climáticas. Os protestos aconteceram no norte da Europa, na Holanda, Noruega, Suécia, Finlândia, mas também em Itália, França, Alemanha, Espanha, bem como noutros continentes como na Austrália ou Nova Zelândia.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Ao contrário do punho cerrado e de cartazes erguidos, os apoiantes do movimento global Extinction Rebellion deitaram-se este sábado no chão dos transporte públicos, em museus ou em centros comerciais para sublinhar o risco da extinção da raça humana como resultado das alterações climáticas. Os protestos aconteceram no norte da Europa, na Holanda, Noruega, Suécia, Finlândia, mas também em Itália, França, Alemanha, Espanha, bem como noutros continentes como na Austrália ou Nova Zelândia.

Segundo o Guardian, no Museu e Galeria de Arte de Kelvingrove, em Glasgow, na Escócia, cerca de 300 activistas deitaram-se no chão durante vinte minutos, junto do Dippy, réplica feita em gesso dos ossos fossilizados do Diplodocus carnegii, uma espécie de dinossauro – que pertence ao Museu de História Natural mas está em digressão pelo Reino Unido. Algumas pessoas, quando deitadas, cobriam-se de cartazes como se se tratassem de cobertores, onde escreviam palavras de ordem: “Somos os próximos?”.

Os jovens activistas do Extinction Rebellion garantiram que os protestos vão continuar até que os governos se comprometam com a redução das emissões de CO2 a zero em onze anos, e criem uma assembleia de cidadãos para lidar com as decisões que afectam o aquecimento global.

Em Berlim, dezenas de pessoas deitaram-se na praça Gendarmenmarket, no centro histórico. No Twitter, o movimento Extinction Rebbelion usa a hashtag #TheClockIsTicking. Em Roma, na Itália, foram também muitos os que se deitaram na escadaria da Piazza di Spagna. Já em Espanha, os protestos reuniram activistas em várias cidades, como Barcelona, Granada, Maiorca, Sevilha e Saragoça.

No norte da Europa, em Oslo, na Noruega, mais de 30 pessoas deitaram-se no chão do centro comercial da cidade, em protesto contra a degradação ambiental selvagem que acontece, em parte, devido à indústria do vestuário, que os activistas consideram a mais poluidora, depois da indústria do petróleo.

Desobediência civil pacífica

O movimento ecológico internacional Extinction Rebellion tem especial expressão em Londres desde Novembro de 2018 e defende acções de desobediência civil pacíficas como estratégia para sensibilizar os responsáveis políticos para a crise ambiental.

Em Portugal, o grupo já realizou cerca de dez acções. Esta semana, o discurso de António Costa, no 46.º aniversário do Partido Socialista (PS), foi interrompido por quatro jovens deste movimento ecológico, que atiraram aviões de papel na sala da antiga Feira Internacional de Lisboa. “Mais aviões só a brincar”, lia-se no cartaz.

O grupo também já tinha interrompido a emissão matinal da CMTV com cartazes e faixas que criticavam a “permanente deturpação que alguns órgãos praticam quando relegam a questão das alterações climáticas para segundo ou terceiro grau” e já tinha estado na sede da EDP, em Lisboa, para apelar ao encerramento das centrais a carvão de Sines e de Aboño, “"as maiores emissoras de gases com efeito de estufa de Portugal e de Espanha”.

Em Abril, o movimento global Extinction Rebellion promoveu uma semana de protestos em todo o mundo para contestar “a parca acção dos governos” na luta contra as alterações climáticas.