Segurança Social encerrou lar de idosos ilegal em Rio de Mouro

Falta de água quente e necessidade de cuidados médicos por alguns utentes foram más condições detectadas. Dois idosos foram transportados para o hospital e os restantes encaminhados para as famílias. Proprietária é reincidente, segundo Segurança Social.

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PAULO PIMENTA

Um lar de idosos ilegal foi encerrado pela Segurança Social, em Rio de Mouro, concelho de Sintra, por falta de condições de funcionamento, obrigando a que dois dos 15 utentes recebessem assistência hospitalar, informou esta quinta-feira fonte da PSP.

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Um lar de idosos ilegal foi encerrado pela Segurança Social, em Rio de Mouro, concelho de Sintra, por falta de condições de funcionamento, obrigando a que dois dos 15 utentes recebessem assistência hospitalar, informou esta quinta-feira fonte da PSP.

Elementos policiais acompanharam na terça-feira técnicos da Segurança Social numa acção de fiscalização de um lar na Rua dos Castelinhos, em Rio de Mouro. A mesma fonte explicou à Lusa que no decurso das diligências “foi detectada a inexistência de água quente e constatou-se que alguns utentes necessitavam de cuidados médicos”.

Perante a falta de condições da moradia, a fonte policial acrescentou que a Segurança Social determinou o encerramento do espaço, que acolhia 15 idosos, encaminhados para as famílias enquanto “dois foram transportados para o hospital”.

“O estabelecimento tinha a seu cargo 15 idosos em condições de higiene e salubridade que foram consideradas gravemente deficitárias, passíveis de colocar em risco a vida dos utentes”, confirmou à Lusa a assessoria de imprensa do Instituto da Segurança Social.

O organismo confirmou que, em articulação com a PSP e os centros de saúde do Cacém e do Olival, se procedeu “ao encerramento de uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas ilegal, em Rio de Mouro”.

“As condições de funcionamento detectadas e o défice de recursos humanos existentes impuseram o encerramento urgente do estabelecimento”, salientou a Segurança Social.

O encerramento urgente de uma unidade “ocorre quando se verifica um perigo iminente para a saúde e integridade dos utentes”, procedendo-se à sua retirada imediata e “encaminhamento para as respectivas famílias ou para respostas sociais alternativas condignas”, notou o instituto.

No caso de Rio de Mouro, as equipas da Segurança Social contactaram os familiares dos utentes, comunicando-lhes a decisão de encerramento do espaço, “com retirada imediata de todos os idosos”.

No seguimento do fecho do lar ilegal, 13 idosos foram encaminhados para as respectivas famílias e dois foram transportados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para “uma unidade hospitalar dada a precária condição de saúde em que se encontravam”.

“Além do encerramento, o Instituto da Segurança Social irá participar ao Ministério Público a actuação da proprietária, por crime de desobediência, visto ser reincidente”, adiantou ainda a assessoria de imprensa do organismo.