China aumenta em 25% orçamento para combate à poluição

Pequim fixou como meta reduzir em 3% as emissões de dióxido de enxofre e óxido de nitrogénio, os dois principais gases poluentes.

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A poluição atmosférica em Pequim, China JASON LEE/Reuters

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou nesta terça-feira que Pequim vai investir, este ano, 25 mil milhões de yuan (3.290 milhões de euros) no combate à poluição atmosférica, um aumento homólogo de 25%.

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O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou nesta terça-feira que Pequim vai investir, este ano, 25 mil milhões de yuan (3.290 milhões de euros) no combate à poluição atmosférica, um aumento homólogo de 25%.

Aqueles gastos estão previstos no relatório do Governo, apresentado por Li no arranque da sessão anual da Assembleia Nacional Popular (ANP), o legislativo chinês. O documento aponta ainda a redução do consumo de energia em "cerca de 3%", por unidade do Produto Interno Bruto (PIB).

Pequim fixou como meta reduzir as emissões de dióxido de enxofre e óxido de nitrogénio, os dois principais gases poluentes, em 3%, visando "consolidar e expandir o progresso da China em questões ambientais".

As metas ambientais fazem parte de um "desenvolvimento de qualidade" e "correspondem à actual realidade do desenvolvimento da China", estando associadas à "construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os sentidos". O documento frisa que, para "melhorar o ambiente", há muito "trabalho duro" pela frente.

As principais cidades chinesas são frequentemente cobertas por um manto de poluição, resultado de três décadas de forte crescimento económico assente na produção industrial, que transformou o país na "fábrica do mundo".

A poluição é responsável por milhões de mortes prematuras todos os anos na China e é uma das principais fontes de descontentamento popular no país, a par da corrupção e das crescentes desigualdades sociais.