Hospital de São João garante que todos os récem-nascidos têm pulseira eletrónica

“Nunca houve um caso de rapto consumado no serviço de obstetrícia, desde que, há mais de dez anos, foi instalado o sistema de segurança actual”, afirmou a unidade.

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Paulo Pimenta

O conselho de administração do Hospital de São João, no Porto, de onde, no sábado, uma mulher tentou raptar um recém-nascido, garantiu esta segunda-feira que todas as crianças internadas no Serviço de Obstetrícia têm uma pulseira electrónica “permanentemente activa”. “Nunca houve um caso de rapto consumado no serviço de obstetrícia, desde que, há mais de dez anos, foi instalado o sistema de segurança actual”, afirmou.

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O conselho de administração do Hospital de São João, no Porto, de onde, no sábado, uma mulher tentou raptar um recém-nascido, garantiu esta segunda-feira que todas as crianças internadas no Serviço de Obstetrícia têm uma pulseira electrónica “permanentemente activa”. “Nunca houve um caso de rapto consumado no serviço de obstetrícia, desde que, há mais de dez anos, foi instalado o sistema de segurança actual”, afirmou.

“Todos os recém-nascidos no Serviço de Obstetrícia têm uma pulseira electrónica que dispara o alarme sempre que a criança sai fora de um perímetro predefinido no interior do serviço”, disse a administração do hospital, em comunicado.

Apesar de ter instaurado um inquérito interno, o conselho de administração do centro hospitalar assegura que os dispositivos de segurança dos nascituros “estiveram e estão permanentemente activos”, reafirmando que todas as crianças internadas dispõem de uma pulseira electrónica, não sendo possível sair do serviço com um recém-nascido sem o competente processo estar clinicamente encerrado.

Este sistema de segurança implica que a entrada e saída do Serviço de Obstetrícia seja feita exclusivamente através de porta com dispositivo electrónico de acesso com cartão de profissional daquele serviço, possuindo videovigilância no corredor de acesso ao mesmo, explicou.

O hospital adiantou ainda que o serviço dispõe de um posto de segurança/portaria, sendo que todas as visitas são identificadas à entrada do serviço com o registo dos dados do cartão de cidadão de cada familiar/visita e número da cama do familiar que vem visitar.

“A segurança das pessoas internadas no Centro Hospitalar Universitário de São João é uma preocupação constante do seu conselho de administração e dos seus profissionais”, pode ler-se no comunicado, que acrescenta que as conclusões do inquérito serão “tornadas públicas e totalmente respeitadas”.

No sábado, ao princípio da noite, uma mulher envergando uma bata de profissional de saúde tentou raptar um recém-nascido do berçário do Hospital de São João. Contactada pela agência Lusa, uma fonte do Comando Metropolitano da PSP do Porto adiantou que a mulher, de 48 anos, se apresentava como uma profissional de saúde, vestindo uma bata e usando um estetoscópio, quando entrou no quarto onde estava o bebé e familiares.

A mulher “chegou a pegar na criança ao colo”, mas o pai estranhou a situação e decidiu chamar a polícia às 19h22 de sábado, tendo a suspeita acabado por ficar detida, disse. A suspeita, que ficou detida desde esse dia dado a “gravidade dos factos”, foi presente esta segunda-feira ao juiz do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.