Milhares de motociclistas em protesto contra preço das portagens

Manifestantes que se concentraram em Lisboa protestam também contra valor do imposto de circulação

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Milhares de motociclistas, de diferentes localidades do país, concentraram-se este domingo na praça dos Restauradores, em Lisboa, para exigir a criação de uma classe de portagens para motociclos e a revisão dos escalões de Imposto Único de Circulação (UIC).

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Milhares de motociclistas, de diferentes localidades do país, concentraram-se este domingo na praça dos Restauradores, em Lisboa, para exigir a criação de uma classe de portagens para motociclos e a revisão dos escalões de Imposto Único de Circulação (UIC).

Organizada pelo Grupo Acção Motociclista (GAM) e ajudada por um dia de sol, a concentração conseguiu juntar, segundo cálculos de António Miguel, um dos organizadores do protesto, cerca de cinco mil motociclistas, que desfilaram ruidosamente pela avenida da Liberdade até aos Restauradores.

Em declarações aos jornalistas, o dirigente da GAM referiu que o que está em causa é o facto de os motociclistas pagarem o mesmo que os automobilistas nas portagens, razão pela qual pedem "justiça", tanto mais que uma moto ocupa metade do espaço de um automóvel. Outra razão de protesto é o facto de serem taxados em sede de IUC como se tivessem "veículos de luxo".

Para António Miguel, em matéria de IUC tem de haver um escalonamento das motos em função da idade e da cilindrada. O protesto, salientou ainda, serve para alertar para a ausência de campanhas de prevenção rodoviária que auxiliem as futuras gerações a utilizar e a circular nestes veículos com "outra atitude", "civismo" e maior segurança.

Quanto à criação de uma classe 5 nas portagens para motociclos, o responsável da GAM referiu que chegou a haver uma proposta no Orçamento do Estado para 2019, mas não foi aprovada. Lembrou que criação da classe 5 para motociclos já deu origens a duas recomendações na Assembleia da República em 2013 e 2018, que acabaram por "ficar na gaveta". A justificação então dada pelo executivo prendia-se com as dificuldades em renegociar o contrato com as concessionárias nas auto-estradas.

Há um ano, houve um protesto em frente à Assembleia da República pelas mesmas razões