Terminal de Cruzeiros de Lisboa finalista do prémio Mies van der Rohe

Além de João Luís Carrilho da Graça, autor de um dos 17 projectos portugueses inicialmente nomeados, na lista dos finalistas está também o nome de Alexandra Sobral, do atelier espanhol Nieto Sobejano Arquitectos.

Fotogaleria

O projecto do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, da autoria do arquitecto português João Luís Carrilho da Graça, é um dos 40 finalistas do Prémio de Arquitectura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe, anunciou a organização.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O projecto do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, da autoria do arquitecto português João Luís Carrilho da Graça, é um dos 40 finalistas do Prémio de Arquitectura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe, anunciou a organização.

Também o projecto do edifício do Centro Arvo Pärt, em Talin, na Estónia, liderado pela arquitecta portuguesa Alexandra Sobral, do atelier espanhol Nieto Sobejano Arquitectos, se encontra entre os finalistas.

Em comunicado, a Comissão Europeia e a Fundação Mies van der Rohe, que atribuem o galardão, anunciaram os 40 finalistas seleccionados por um júri presidido pela arquitecta dinamarquesa Dorte Mandrup e completado por George Arbid, Angelika Fitz, Stefan Ghenciulescu, Kamiel Klaasse, María Langarita e Frank McDonald.

Inicialmente estavam nomeados a um dos mais importantes prémios mundiais de arquitectura 383 projectos, dos quais 17 eram portugueses.

O país mais representado nos 40 projectos é a França, com sete obras, imediatamente seguida da Espanha, com seis, e da Bélgica, com quatro.

O projecto de Carrilho da Graça é o único nomeado na categoria de infra-estrutura, estando perante candidatos como a praça Skanderberg, em Tirana, na Albânia, que juntou arquitectos de três países na sua autoria, ou a Casa da Música de Innsbruck, na Áustria, a Desert City, em Madrid, e o Museu de Artes de Nantes, em França.

Dos 40 projectos agora escolhidos, o júri vai ainda seleccionar cinco finalistas, que serão anunciados a 13 de Fevereiro, devendo o vencedor ser conhecido em meados de Abril.

O prémio, no valor de 60 mil euros, instituído em 1987 pela Comissão Europeia e pela Fundação Mies van der Rohe, com sede em Barcelona, é considerado um dos galardões de maior prestígio na área da arquitectura. É bienal e distingue projectos de arquitectura construídos nos dois anos que precedem a sua atribuição. Também entrega um prémio de 20 mil euros a arquitectos no início de carreira.

O prémio toma o nome do arquitecto de origem alemã Mies van der Rohe (1886-1969), que dirigiu a escola Bauhaus, fundada há cem anos, na Alemanha, e que se fixou nos Estados Unidos depois da tomada do poder pelas forças nazis, na Alemanha, em 1933.

O projecto do arquitecto português Álvaro Siza para o antigo Banco Borges e Irmão, em Vila do Conde, foi o distinguido na primeira edição do prémio, em 1988.