Emoção nas motos e tranquilidade nos carros

O português Mário Patrão abandonou devido a uma queda na sexta etapa do Dakar 2019.

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A areia continua a marcar a edição deste ano do Dakar LUSA/ERNESTO ARIAS

A edição deste ano do Dakar está a ser bem distinta no que diz respeito a automóveis e motos. Enquanto nas quatro rodas a liderança parece estar praticamente entregue, nas duas rodas a incerteza mantém-se, com os líderes da classificação geral a sucederem-se.

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A edição deste ano do Dakar está a ser bem distinta no que diz respeito a automóveis e motos. Enquanto nas quatro rodas a liderança parece estar praticamente entregue, nas duas rodas a incerteza mantém-se, com os líderes da classificação geral a sucederem-se.

Neste domingo, impôs-se o chileno Pablo Quintanilla. O motard que comanda uma Husqvarna, obteve o seu primeiro triunfo numa tirada da edição deste ano do Dakar, vencendo a sexta etapa e roubando a liderança ao norte-americano Ricky Brabec.

A vitória de Quintanilla ocorreu na tirada mais longa do Dakar 2019 – 839 quilómetros, se forem contabilizados conjuntamente os cronometrados com os de ligação. Após a jornada de descanso, os resistentes na mais importante prova de todo-o-terreno mundial tiveram pela frente as dunas de Tanaka e o chileno soube tirar proveito de uma vantajosa posição de largada (foi o 14.º a sair, podendo seguir as marcas deixadas pelos pilotos que o antecederam) para atacar. Precisamente o contrário do que viveu Sam Sunderland. O britânico pagou bem caro o facto de ser ele a abrir a pista e terminou a etapa com quase 23 minutos de atraso, uma situação semelhante à vivida pelo norte-americano Ricky Brabec, que liderava antes da tirada deste domingo, mas que foi sete minutos e meio mais lento do que Quintanilla.

No final, a diferença para o segundo mais rápido do dia não foi muito significativa: um pouco menos de dois minutos para Kevin Benavides (Honda), mas foi suficiente para Quintanilla recuperar a liderança da geral. As diferenças para o segundo e terceiro ainda não são significativas e é provável que a emoção se mantenha por mais uns quilómetros.

Quem já vai assistir ao resto da competição só pela televisão será o português Mário Patrão, que abandonou o Dakar na sequência de uma queda sofrida pouco depois do primeiro controlo de passagem, numa zona de pedras, quando seguia no meio do pó de outros pilotos.

Nos carros, Sebastièn Loeb venceu a tirada deste domingo e é o único que ainda pode causar alguma dor de cabeça ao qatari Nasser Al-Attiyad, já que Stéphane Peterhansel perdeu muito tempo e caiu para a terceira posição da geral. Loeb obteve a sua segunda vitória em etapas neste Dakar, depois do triunfo na véspera.