Terceiro dia de greve dos trabalhadores dos registos e notariado com adesão de 95%

Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado pondera avançar com novas formas de luta.

Foto
Enric Vives-Rubio

O terceiro dia de greve dos trabalhadores dos registos teve uma adesão de 95%, indicou esta sexta-feira o Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN), estrutura que pondera já novas formas de luta.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O terceiro dia de greve dos trabalhadores dos registos teve uma adesão de 95%, indicou esta sexta-feira o Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN), estrutura que pondera já novas formas de luta.

Neste terceiro e último dia de greve a adesão (95%) foi igual à registada na quinta-feira e ligeiramente superior à verificada na quarta-feira (90%), de acordo com informação do STRN.

O sindicato diz agora esperar que a Secretária de Estado da Justiça ouça as reivindicações dos trabalhadores e aceite fazer as alterações que se impõem aos diplomas que regulam o sector.

O STRN defende que o Governo deve legislar com regras adaptadas às carreiras especiais e abandonar a colagem às carreiras gerais e "não olhar para a formação inicial específica dos novos trabalhadores de forma minimalista".

O sindicato defende também que os concursos externos devem "apenas ter o número de candidatos a admitir e não podem ter os postos de trabalho previamente identificados", como "sempre aconteceu e ainda acontece" em outras carreiras especiais.

"As regras de graduação dos candidatos nos diversos concursos devem ser totalmente transparentes. Este desígnio atinge-se com regras muito claras, objectivas e facilmente quantificáveis, em detrimento de regras subjectivas que levam à discricionariedade, à cunha e ao favorecimento", propõe ainda o sindicato.

O STRN sublinha que estas exigências não têm qualquer impacto financeiro e prendem-se apenas com a "visão boa ou má" que se queira para o sector.

Se não houver consenso sobre estas reivindicações, o STRN vai ponderar "novas formas de luta que podem passar por vigílias, greves, manifestações e ainda pela impugnação dos diplomas" em entendem existir ilegalidades.

"A decisão de podermos retomar as negociações em paz e num ambiente de colaboração depende apenas da Secretária de Estado", conclui o sindicato.