PCP contesta encerramento da linha entre Estação Nova e Coimbra-B

Infra-estruturas de Portugal aponta levantamento dos carris para 2020 e início da circulação do metrobus para 2021.

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bruno lisita

Para o PCP, o encerramento da circulação e levantamento dos carris entre a Estação Nova e Coimbra-B é mais uma “opção errada que condiciona o desenvolvimento da região”. Numa nota enviada às redacções pela direcção da organização regional de Coimbra, o PCP sublinha que “abandonar a solução ferroviária é um profundo erro”. 

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Para o PCP, o encerramento da circulação e levantamento dos carris entre a Estação Nova e Coimbra-B é mais uma “opção errada que condiciona o desenvolvimento da região”. Numa nota enviada às redacções pela direcção da organização regional de Coimbra, o PCP sublinha que “abandonar a solução ferroviária é um profundo erro”. 

O comunicado é feito no mesmo dia em que a Infra-estruturas de Portugal (IP) avança que os autocarros do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) entrarão em serviço no final de 2021. Numa resposta enviada à Agência Lusa, a IP adianta que o projecto do metrobus (autocarros eléctricos) prevê que a ligação ferroviária entre a Estação Nova e Coimbra B seja desactivada no último trimestre de 2020, uma vez que faz parte do traçado do SMM. "Até lá, a estação de Coimbra-A e a sua ligação a Coimbra-B continuarão a funcionar como habitualmente", referiu a IP à Lusa.

Localizada na margem direita do rio Mondego, no centro da cidade, a Estação Nova é uma das duas estações ferroviárias de Coimbra, recebendo comboios regionais e urbanos, sendo que a linha do Norte passa apenas por Coimbra-B. Ainda não são conhecidos projectos para o futuro da estação desenhada por Cotinelli Telmo e Luís Cunha e classificada como monumento de interesse público em 2013. 

O PCP aponta o exemplo do Ramal de Lousã, cuja circulação foi interrompida e os carris arrancados sob o pretexto de instalar ali um metro ligeiro de superfície. As obras chegaram a arrancar, mas foram interrompidas em 2011. 

Os comunistas sempre defenderam a “reposição, modernização e electrificação” do ramal da Lousã, por oposição ao sistema de metrobus, apresentado pelo governo em 2017 como solução para o Sistema de Mobilidade do Mondego. “O recurso a autocarros para substituir o que era um ramal ferroviário não resolve os problemas de mobilidade e da necessidade de desenvolvimento da região”, consideram.