Do Facebook saiu o guia que mostra aos de fora a Lisboa dos que nela habitam

Com base nas sugestões de 25 administradores de grupos e de páginas locais, a rede social lança um guia que mostra aos de fora uma Lisboa aos olhos de quem nela habita.

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O guia dá sugestões de uma "Lisboa tradicional" e uma "Lisboa trendy" Nuno Ferreira Santos

Lisboa é das cidades europeias mais vezes apontada como destino favorito dos turistas, segundo o Global Destination Cities Index. Prémio atrás de prémio, a cidade das sete colinas continua a somar distinções em todo o mundo. E o Facebook, para a celebrar, decidiu lançar um guia que convida quem vem de fora a descobrir a capital através das recomendações de pessoas pertencentes a comunidades locais da rede social.

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Lisboa é das cidades europeias mais vezes apontada como destino favorito dos turistas, segundo o Global Destination Cities Index. Prémio atrás de prémio, a cidade das sete colinas continua a somar distinções em todo o mundo. E o Facebook, para a celebrar, decidiu lançar um guia que convida quem vem de fora a descobrir a capital através das recomendações de pessoas pertencentes a comunidades locais da rede social.

A empresa liderada por Mark Zuckerberg compilou as diferentes recomendações de 25 grupos que recorrem à plataforma para difundir as suas causas e interesses. Daí resultou um guia “que reflecte toda a riqueza cultural de Lisboa”, refere a empresa. O guia, disponível em versão online ou impressa, reúne as sugestões de lisboetas reais e de quem tem uma ligação afectiva à cidade, mesmo estando longe.

É o caso de Jean Bernard dos Santos, um luso-descendente de 30 anos, que reside em Paris. Filho de pais alcobacenses, nasceu em França, mas em momento algum permitiu que a distância lhe diminuísse o sentimento que nutre por Portugal. Em 2011, ao cirandar pela capital francesa, começou a frequentar bares lusófonos e, apesar de os avós lhe terem proporcionado um primeiro contacto com o fado ainda menino, foi aí que a paixão cresceu dentro de si.

Em conversas com amigos e conhecidos, apercebeu-se de que havia “um grande desconhecimento sobre o fado português”. Alguns artistas maiores, aponta, eram reconhecidos, mas aqueles em início de carreira não tinham tanta exposição, ou caíam no esquecimento dos amantes de fado. E, assim, teve a ideia de criar uma página no Facebook para divulgar os novos artistas que encontrava.

“Mais Fado” é o nome da página que conta com mais de 180 mil seguidores, repartidos entre Facebook e Instagram. É nesse espaço que Jean partilha, com todos os amantes do género musical nomeado pela UNESCO património imaterial da humanidade, o que de melhor se faz em Portugal e no mundo.

Fruto desse trabalho iniciado há três anos, conseguirá levar a Paris “um bocado de Lisboa”. É que em Abril terá lugar, na capital francesa, o primeiro festival de fado, organizado pela empresa que fundou a par da “Mais Fado”. O fado, resume, foi a forma que encontrou de combater a eterna saudade.

Além desta página, há muitas outras com o foco na capital. Nas dicas dos locais figuram locais icónicos de alguns bairros alfacinhas, sem nunca esquecer o lado mais moderno da cidade. Da Lisboa tradicional das tascas e casas de fado, viaja-se até às novas zonas da cidade, embebidas de modernidade e inovação. “Tornar o mundo mais próximo é a missão do Facebook”, afirmou Lola Banos, responsável da empresa na Península Ibérica. Com este compêndio, a rede social tenta, através dos locais, mostrar aos de fora uma Lisboa mais autêntica.

Futuramente, o guia será distribuído com a revista Time Out e disponibilizado noutros pontos da cidade ainda a decidir. A edição lançada esta quarta-feira está disponível em português e inglês. É também possível aceder a uma versão online. Há ainda para ver, até domingo, uma exposição com fotografias de alguns dos fundadores das comunidades, no Lisbon Story Centre, no Terreiro do Paço.