Portugal garante presença e organização da fase final da Liga das Nações

Com o empate a zero, em Itália, a selecção nacional é a primeira a assegurar um lugar nas meias-finais da primeira edição da Liga das Nações.

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Bruma foi este sábado titular em Itália LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Com uma primeira parte sofrível e uma segunda astuta, Portugal garantiu, em Itália, o ponto que necessitava para assegurar a presença e a organização da fase final da primeira edição da Liga das Nações, que irá assim ser disputada no Estádio do Dragão, no Porto, e no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, entre 5 e 9 de Junho do próximo ano. Num jogo em que a selecção nacional começou por sentir muitas dificuldades, o nulo final ajusta-se ao que se passou durante os 90 minutos em Milão e confere a Portugal o privilégio de ser o primeiro semifinalista da competição, apesar de ter ainda um jogo para disputar.

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Com uma primeira parte sofrível e uma segunda astuta, Portugal garantiu, em Itália, o ponto que necessitava para assegurar a presença e a organização da fase final da primeira edição da Liga das Nações, que irá assim ser disputada no Estádio do Dragão, no Porto, e no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, entre 5 e 9 de Junho do próximo ano. Num jogo em que a selecção nacional começou por sentir muitas dificuldades, o nulo final ajusta-se ao que se passou durante os 90 minutos em Milão e confere a Portugal o privilégio de ser o primeiro semifinalista da competição, apesar de ter ainda um jogo para disputar.

No terceiro round português na Liga das Nações, Fernando Santos repetiu a fórmula das duas partidas anteriores, mas pela primeira vez na nova competição da UEFA Portugal teve momentos de descontrolo. Sem Cristiano Ronaldo, que mantém a sua ausência sabática, o castigado Pepe e Raphael Guerreiro, que sentiu problemas físicos nos últimos dias e começou no banco, o seleccionador português manteve o conservadorismo habitual e não apresentou qualquer surpresa de última hora.

Com Rúben Neves novamente no papel de “6” e William Carvalho a jogar mais adiantado do que é normal, Pizzi tinha a função de auxiliar Bernardo Silva na direita, mas durante os primeiros 45 minutos o médio do Benfica teve exclusivamente que se preocupar em destruir e o jogador do Manchester City passou ao lado de um jogo em que Portugal nunca conseguiu ter o comando.

Mérito da Itália que, ao contrário do que Roberto Mancini tinha insinuado na antevisão da partida, não depreciou a importância do confronto. O seleccionador italiano tinha referido que o seu grande objectivo era o apuramento para o próximo Campeonato da Europa e que, por isso, iria “utilizar muitos jovens e dar-lhes a oportunidade de errar”. Tudo não passou de um bluff de Mancini. Apesar do processo de renovação que atravessa, a Itália entrou em campo com apenas três jogadores com menos de 25 anos (Donnarumma, Barella e Chiesa) e a média de idades do “onze” de Mancini era de 26 anos, valor superior ao da equipa escolhida por Fernando Santos, onde havia seis jogadores sub-25.

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Com uma pressão alta e agressiva, a Itália começou por encostar Portugal às cordas no Giuseppe Meazza. Logo aos 5’, Insigne com um remate forte de fora da área obrigou Rui Patrício a mostrar por que é um dos melhores guarda-redes do mundo e, na jogada seguinte, Florenzi, com um remate cruzado, colocou novamente a Itália perto do golo.

A mobilidade de Insigne, Immobile e Chiesa era uma dor de cabeça constante para a defesa de Portugal, que só conseguia esticar o seu jogo através das iniciativas individuais de Bruma pela esquerda.

Aos poucos, porém, a “squadra azzurra” foi perdendo o gás e, principalmente, o nervo, mas antes do intervalo um cabeceamento de Bonucci ainda voltou a assustar Fernando Santos.

O empate no final dos primeiros 45 minutos era lisonjeiro para Portugal, mas na segunda parte o jogo foi outro. Nos balneários, o seleccionador português corrigiu alguns posicionamentos — Bernardo Silva, por exemplo, passou a surgir mais vezes na zona central —, e com a equipa lusa mais subida, a Itália desapareceu. Com o jogo finalmente sob controlo, Fernando Santos trocou Pizzi por João Mário e a entrada do jogador do Inter coincidiu com o melhor período de Portugal: aos 74’, na primeira jogada de ataque com pés e cabeça, Cancelo assistiu João Mário, mas o médio rematou por cima; quase de imediato, uma defesa fabulosa de Donnarumma impediu que William Carvalho fizesse um raro golo de pé esquerdo.

A Itália parecia rendida, mas Fernando Santos precaveu-se trocando nos últimos minutos Bruma e André Silva por Raphael Guerreiro e Danilo. Já em período de descontos, após um canto, Pellegrini de cabeça fez um dos poucos remates italianos na segunda parte, mas Patrício, sem grandes problemas, segurou o empate e o apuramento português. Na terça-feira, em Guimarães, o Portugal-Polónia será para cumprir calendário.