A Pretty Vulgar chega à Europa com embalagens criativas e mensagens divertidas

Marca de maquilhagem norte-americana propõe um mundo de contradições. Está à venda nas perfumarias Douglas, em Lisboa e online.

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Há um pássaro que está fora da gaiola na embalagem do rímel. Há uma garrafinha de licor com verniz lá dentro. Há um boião de tinta permanente que não é mais do que eyeliner em gel. A Pretty Vulgar é uma marca de maquilhagem norte-americana que se pauta pela originalidade e pelas contradições, diz o site da mesma. A marca atravessou o oceano pretende chegar a 16 países europeus, através das perfumarias Douglas.

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Há um pássaro que está fora da gaiola na embalagem do rímel. Há uma garrafinha de licor com verniz lá dentro. Há um boião de tinta permanente que não é mais do que eyeliner em gel. A Pretty Vulgar é uma marca de maquilhagem norte-americana que se pauta pela originalidade e pelas contradições, diz o site da mesma. A marca atravessou o oceano pretende chegar a 16 países europeus, através das perfumarias Douglas.

A Portugal chegou este mês e a novidade fica-se fisicamente por Lisboa, nas lojas dos centros comerciais Colombo e Vasco da Gama, e virtualmente na loja online da Douglas. Nos EUA, a Pretty Vulgar vende-se na cadeia Sephora, informa Clara Tena, directora regional para a Europa. A alguns países chegou em Setembro, há ainda mercados que estão a ser desbravados, mas será sempre vendida nas perfumarias Douglas, acrescenta.

A marca que nasceu há um ano e meio foi criada por um grupo de profissionais de maquilhagem, conta Clara Tena, durante a apresentação à imprensa, em Lisboa. E, embora tenha a preocupação de ser cruelty free, ou seja, não é testada em animais; ser vegan, não ter parabenos, sulfatos e ftalatos, a comunicação da marca centra-se numa história que se quer contar: a das mulheres cheias de contradições, as mulheres que ora querem parecer lindas (pretty) ora querem parecer mais simples e soltas (vulgar), explica Clara Tena, mostrando um slide onde se lê: "Ela bebe whisky numa chávena de chá" para mostrar como é que as consumidoras podem parecer pouco coerentes e fazer coisas inexplicáveis.

Além do nome da marca – que quer chegar a um largo espectro de consumidoras –, há uma enorme preocupação com o nome dos produtos. Aqui há uma série de trocadilhos feitos com as palavras, por vezes, com mensagens corrosivas, a lembrar palavrões ou gestos feios, aponta a responsável. Tudo é feito com algum humor e em inglês. Se os nomes fossem traduzidos, perder-se-ia toda a intenção, reconhece Clara Tena.

Além dos nomes, o packaging também é uma preocupação. Com um ar antigo, vintage, as embalagens contam uma história e muitas têm em comum os pássaros fora da gaiola – um desejo da marca para todas as mulheres, que sejam livres como os pássaros e vivam sem barreiras, explica a responsável da Pretty Vulgar. Por exemplo, o rímel (19,95 euros) – chamado apropriadamente Raven (corvo) por ser de cor negra – vem numa embalagem que é uma gaiola dourada e o pássaro está livre no topo da mesma. Há um eyeliner que vem numa caneta que parece de tinta permanente e que se chama On Point (19,95 euros), e outro em gel que chega num frasco de tinta, aparentemente antigo, e se chama The Ink (24,95 euros). 

A linha de batons (19,95 euros) foi baptizada com a frase Bury them with a smile e o hidratante de lábios (19,95 euros) tem o nome de Silent Treatment. "Há sempre uma mensagem corrosiva", resume Clara Tena, acrescentando que esta é uma marca prestige, mas com preços acessíveis, criada "para as mulheres encontrarem as suas contradições".