Porto vai premiar inovação para o ambiente, ensino e transportes

O concurso vai premiar projectos inovadores que criem soluções ou melhorias para desafios correntes na Área Metropolitana do Porto.

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A área dos transportes e ambiente também é abrangida no concurso. Paulo Pimenta

A Área Metropolitana do Porto (AMP) está a promover um concurso que tem em vista conseguir soluções inovadoras, a nível científico e tecnológico, nas áreas dos transportes, recolha de lixos, saúde, educação, entre outras. O Metrolab AMP tem lugar no Palácio dos Correios, a 13 de Outubro, com início às 11h.

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A Área Metropolitana do Porto (AMP) está a promover um concurso que tem em vista conseguir soluções inovadoras, a nível científico e tecnológico, nas áreas dos transportes, recolha de lixos, saúde, educação, entre outras. O Metrolab AMP tem lugar no Palácio dos Correios, a 13 de Outubro, com início às 11h.

A utilização de dados abertos para análise e criação de propostas inovadoras está na base do concurso que vai envolver duas categorias: hackaton – maratonas de programação e co-criação – e prototipagem. Ambas vão ter três prémios, cada uma, de onde se esperam que resultem ideias e projectos inovadores com os quais se possa avançar na AMP.

Segundo Nuno Vargas, da organização, este é um evento “novo para todos”, tratando-se de um projecto-piloto no Porto. No entanto, cidades como Buenos Aires, Nova Iorque, Amesterdão, Helsínquia, Dublin ou a Cidade do México já se viram envolvidas em projectos, com o mesmo teor, que obtiveram resultados positivos e melhorias nos sistemas camarários, em variados campos, como por exemplo a aceleração no pedido de licenças e informações.

A hackaton vai envolver três maratonas, em simultâneo, dedicadas a temas como a qualidade de vida, a mobilidade e o turismo e lazer. Ao PÚBLICO, a organização explicou que se pretende que sejam os próprios projectos candidatos a identificar problemas ou situações que precisem de melhorias e proponham soluções inovadoras.

As soluções devem ter em conta a realidade da Área Metropolitana do Porto. “A ideia é que se possam começar a usar dados abertos para melhorar o sistema de transportes, de recolha de lixos, prestação de serviços médicos ou perceber se faltam escolas”, apontou Nuno Vargas. As questões de transparência dos agentes governativos ganham também importância, neste contexto, uma vez que se trata da análise a dados abertos, que devem ser cruzados uns com os outros – por exemplo, mistura de dados de poluição com dados demográficos.

A mesma fonte avançou que, muitas vezes, se confunde a utilização dos dados abertos com questões de privacidade. “A ideia é mais a de evangelizar para esta questão dos dados abertos e chamar parceiros para a conversa”, avançou. Por isso, o concurso vai ter ainda duas apresentações, para a comunidade que queira ir apenas assistir e não participe em nenhuma das categorias, com especialistas – Daniel C. Moura e Marta Fernandez – na área da tecnologia e utilização de dados.

Os prémios a atribuir têm um valor de mil euros para o primeiro lugar, 500 para o segundo e 250 para o terceiro, em ambas as categorias. No grupo da prototipagem, os projectos vencedores não são escolhidos automaticamente a partir dos vencedores das três maratonas de programação. O júri vai decidir entre todos os candidatos qual o que mais se adapta às necessidades correntes da AMP.   

A organização disponibilizou um total de 19 bases de dados para que quem se queira candidatar possa proceder à sua análise e, assim, conseguir criar soluções inovadoras a nível tecnológico e científico. Entre elas, encontra-se informação sobre resíduos municipais, a rede de escolas, estabelecimentos de ensino superior, património, transportes, entre outras.

Texto editado por Ana Fernandes