Empregada de limpeza confessa furto de droga e notas falsas da PJ do Porto

"É tudo verdade", disse a mulher de 65 anos, acrescentando que "andava muito pressionada" pela amiga co-arguida.

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Fernando Veludo/Arquivo

Uma empregada de limpeza da Polícia Judiciária do Porto, acusada de furtar droga e notas falsas da própria directoria policial, confessou nesta terça-feira, em tribunal, os crimes por que está acusada, alegando pressões de uma amiga, co-arguida no processo.

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Uma empregada de limpeza da Polícia Judiciária do Porto, acusada de furtar droga e notas falsas da própria directoria policial, confessou nesta terça-feira, em tribunal, os crimes por que está acusada, alegando pressões de uma amiga, co-arguida no processo.

"É tudo verdade", disse a mulher de 65 anos, acrescentando que "andava muito pressionada" pela amiga.

Tanto as notas falsas como as placas de haxixe foram furtadas do Laboratório de Polícia Científica, mas em anos distintos: 2015, no primeiro caso, e 2016, no segundo.

A investigação do processo permitiu apurar que, no caso da droga, a mulher, que não pertencia aos quadros da PJ e que acabou dispensada, vendeu-a à amiga, que, por sua vez, a revendeu a um genro, igualmente arguido.

Já as notas (umas de 20 euros e outras de dez, que se fossem verdadeiras totalizariam 270 euros) foram gastas em compras pela principal arguida e pela amiga, ambas acusadas por peculato, passagem de moeda falsa e tráfico de droga.

A empregada de limpeza pediu para depor perante o Tribunal de São João Novo sem a presença dos dois arguidos, pois sentia-se "perturbada e nervosa", sublinhando, várias vezes, o seu arrependimento.