Mais de uma centena de conservatórias encerradas devido a greve

Protesto afectou particulamente o interior do país e as regiões autónomas.

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Estão encerradas conservatórias de registo civil, predial e de automóvel Fernando Veludo /PUBLICO

Mais de uma centena de conservatórias encerraram em todo o pais devido à greve de cinco dias dos trabalhadores do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), que termina nesta sexta-feira, disse à Lusa o dirigente sindical José Abraão.

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Mais de uma centena de conservatórias encerraram em todo o pais devido à greve de cinco dias dos trabalhadores do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), que termina nesta sexta-feira, disse à Lusa o dirigente sindical José Abraão.

Em declarações à agência Lusa, José Abraão, da Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), explicou que nestas quinta e sexta-feira houve maior adesão e que a greve tem afectado particularmente o interior do país e as regiões autónomas. "Estão encerradas conservatórias de registo civil, predial e de automóvel. Mais de uma centena encerradas, em especial na quinta-feira e sexta-feira e no interior do país e regiões autónomas dos Açores e Madeira", disse.

Os trabalhadores do Instituto dos Registos e Notariado (IRN) marcaram uma greve de cinco dias devido à ausência de resposta por parte do Governo às reivindicações relacionadas com as carreiras.

A greve é promovida por uma plataforma sindical composta pela Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), Sindicato Nacional dos Registos (SNR) e Associação Sindical dos Conservadores dos Registos (ASCR). Em causa está a revisão das carreiras e do sistema remuneratório, que os sindicatos defendem que deve ser feita em conjunto.

Na quinta-feira, segundo o dirigente sindical, realizou-se uma reunião com a secretária de Estado da Justiça na qual foi estabelecido o compromisso de um novo encontro negocial a 11 de Setembro para debater a nova tabela remuneratória.

De fora da paralisação de cinco dias esteve o Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN), considerando "ser inoportuna e até prejudicial a greve decretada por outras organizações sindicais do sector".

O STRN, que afirma ser a maior organização sindical do sector com mais de 70% dos cerca de 5000 trabalhadores no IRN, refere que o Governo alterou o projecto inicial, tendo sido acolhidas as reivindicações deste sindicato.

"A versão final do projecto de carreiras remetida pelo Governo corresponde a uma das maiores aspirações dos trabalhadores dos Registos e Notariado e que se vem arrastando há 39 anos", sublinha ainda o STRN.