Neopop: cinco DJ que não nos fartamos de ouvir

Ninguém lhes consegue resistir na pista de dança, por muito que os escutem. Ivan Smagghe, Ben Klock, Ricardo Villalobos, Jeff Mills e Nina Kraviz são nomes incontornáveis da música electrónica — e vão estar no Neopop.

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DR

O cartaz do Neopop tem sempre grandes nomes, e este ano não é excepção. Entre os principais artistas confirmados contam-se veteranos que já garantiram o seu lugar nos livros, como Jeff Mills e de certa forma Ricardo Villalobos, e figuras incontornáveis que enchem salas em todo o mundo, apesar de não terem um currículo tão vasto, como Ben Klock ou Nina Kraviz. E depois há Ivan Smagghe, que não se enquadra bem em nenhuma destas categorias, mas cujo valor e talento são inquestionáveis. De 8 a 11 de Agosto, alguns dos melhores e mais populares DJ do mundo passam mais uma vez por Viana do Castelo.

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O cartaz do Neopop tem sempre grandes nomes, e este ano não é excepção. Entre os principais artistas confirmados contam-se veteranos que já garantiram o seu lugar nos livros, como Jeff Mills e de certa forma Ricardo Villalobos, e figuras incontornáveis que enchem salas em todo o mundo, apesar de não terem um currículo tão vasto, como Ben Klock ou Nina Kraviz. E depois há Ivan Smagghe, que não se enquadra bem em nenhuma destas categorias, mas cujo valor e talento são inquestionáveis. De 8 a 11 de Agosto, alguns dos melhores e mais populares DJ do mundo passam mais uma vez por Viana do Castelo.

Ivan Smagghe
Neo Stage. 8 de Agosto

O francês Ivan Smagghe anda há quase duas décadas a alargar as fronteiras musicais das pistas de dança. Isso acontece nos seus sets, livres e sem barreiras, onde tanto se pode ouvir electrónica minimalista japonesa como techno de horizontes largos, e também no seu programa na rádio londrina NTS ou através do trabalho de curadoria da Kill The DJ, a editora que partilha com Chloé. Para já nem falar dos Black Strobe, o seu projecto de electroclash com Arnaud Rebotini, que entretanto abandonou. Um pioneiro.

Ben Klock
Neo Stage. 9 de Agosto

É difícil escrever sobre Ben Klock sem referir o Berghain, o mais importante club berlinense, venerado e mitificado como uma meca tecnóide. O que faz sentido, dado que ele é um dos residentes e tem discos com o selo da editora da casa, a Ostgut Ton; todavia não faz justiça ao trabalho e sobretudo à influência do DJ e produtor alemão, que é também o patrão da editora Klockworks e um dos principais representantes do actual som electrónico de Berlim. Techno seco e duro, mas com coração.

Ricardo Villalobos
Neo Stage. 10 de Agosto

Nascido no Chile mas criado na Alemanha, para onde se mudou com os pais depois da deposição do socialista Salvador Allende, Ricardo Villalobos é uma referência do techno minimal. E nem podia ser de outra forma. A trabalhar como DJ desde os anos 90, Villalobos ajudou a definir este subgénero no início do século, e influenciou inúmeros DJ. Com música editada habitualmente através da seminal Perlon e da sua própria editora, a Sei Es Drum, é um produtor minucioso e preciso e tem em Empirical House, de 2017, o seu mais recente trabalho.

Jeff Mills
Neo Stage. 10 de Agosto

Jeff Mills é um dos nomes cruciais da segunda geração do techno de Detroit. Não só pela música que fez, a solo e com os influentes Underground Resistance, como pela música de outros que ao longo dos anos partilhou na rádio e nos seus sets. Partilhou e continua a partilhar, com entusiasmo e convicção, apesar de, hoje, o seu alcance ir muito além das pistas de dança – toca com orquestras, tem peças expostas em museus, faz residências artísticas no Louvre, porém regressa sempre ao techno.

Nina Kraviz
Neo Stage. 11 de Agosto

A vida da siberiana Nina Kraviz podia ter sido diferente. Podia, por exemplo, ter-se dedicado à profissão para que estudou — medicina dentária — e passar os dias a arranjar e arrancar dentes de cosmonautas. Em vez disso tornou-se DJ e produtora. Hoje é uma das mais requisitadas DJ do mundo e uma presença regular em Portugal. É ainda responsável por duas editoras, a notável Trip, que vai do techno/house convencional ao mais cerebral, e a Galaxiid, num comprimento de onda assumidamente psicadélico e experimental.

Artigo apoiado pelo festival Neopop.