Lisboa sobe 44 posições no ranking mundial das cidades mais caras

A cidade de Lisboa sobe para a 93ª posição do ranking deste ano e regista a maior subida de sempre desde o início da realização do Estudo Global da Mercer.

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Margarida Basto

É cada vez mais caro viver em Lisboa. No ano de 2018, a capital portuguesa subiu 44 posições no ranking sobre o custo de vida da Mercer, passando da 137ª posição registada em 2017 para o 93º lugar. Esta subida  é a maior de sempre já registada nesta cidade. 

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É cada vez mais caro viver em Lisboa. No ano de 2018, a capital portuguesa subiu 44 posições no ranking sobre o custo de vida da Mercer, passando da 137ª posição registada em 2017 para o 93º lugar. Esta subida  é a maior de sempre já registada nesta cidade. 

Segundo o estudo da consultora Mercer, divulgado nesta terça-feira, sobre os custos para os expatriados de viver numa determinada cidade, “os factores que motivam esta subida são maioritariamente decorrentes de variações do euro face ao dólar, mas reflectem também uma subida de preços generalizada da cidade nas áreas da habitação, restauração e combustíveis.” 

O relatório destaca o preço de arrendamento em zonas nobres de Lisboa onde um T3 ronda os 2650€ comparando com Hong Kong, a cidade mais cara do mundo, onde o preço ronda os 10.800€. Também o preço da gasolina em Lisboa é um dos pontos destacados, sendo que é um dos “mais elevados face às cidades posicionadas no topo deste ranking”.

Em termos gerais, todas as cidades da Europa Ocidental subiram no ranking, resultado da valorização das moedas locais face ao dólar norte-americano, bem como ao aumento do custo de bens e serviços. Zurique continua a ser a cidade europeia mais cara, encontrando-se no 3º lugar do ranking mundial, subindo uma posição relativamente ao ano passado. Este ano, as cidades alemãs evidenciaram algumas das maiores subidas deste ano, com Frankfurt (68º) e Berlim (71º) a saltar 49 lugares, enquanto Munique (57) subiu 41 posições.  

Outras cidades que subiram no ranking face ao ano passado foram Paris (34º), que trepou 28 lugares, Roma (46º) 34 lugares, Madrid (64º) 47 e Viena (39') 39 lugares. Por outro lado, algumas cidades na Europa Central e Oriental, incluindo Moscovo (17º), São Petersburgo (49), e Kiev (173º), caíram quatro, 14 e dez posições, respectivamente, devido à desvalorização da moeda local face ao dólar norte-americano. 

As cidades que constam do top 10 da Mercer das cidades mais caras para expatriados são, por ordem, Hong Kong, Tóquio, Zurique, Singapura, Seul, Luanda, Xangai, Ndjamena, Pequim, e Berna). As cidades mais baratas são Tachkent (209º), Túnis (208º), e Bichkek (207º).

Segundo a lista, as cidades dos Estados Unidos caíram no ranking devido à recuperação da economia europeia, que provocou a queda do dólar norte-americano face a outras grandes moedas em todo o mundo. Nova Iorque caiu quatro lugares, posicionando-se na 13ª posição, a cidade mais cara na região. São Francisco (28º) e Los Angeles (35º) caíram sete e 12 posições, respectivamente, relativamente ao ano passado, enquanto Chicago (51º) desceu 20 lugares. 

Na América do Sul, São Paulo (58º) classificou-se como a cidade mais cara apesar da queda de 32 posições relativamente ao ano anterior. Santiago (69º) mantém a mesma posição como a segunda cidade mais cara. 

As cidades australianas caíram no ranking este ano. Brisbane (84º) e Perth (61º) caíram 13 e 11 posições, respectivamente, enquanto Sidney (29º) apresentou uma queda relativamente moderada de cinco posições.

No comunicado da consultora, Diogo Alarcão, CEO da Mercer Portugal, refere que “se, por um lado, a mobilidade da força de trabalho permite às organizações conseguir uma maior eficiência, utilizar o melhor talento e ser eficiente do ponto de vista dos custos em projectos internacionais, a volatilidade dos mercados e o crescimento económico moderado em muitas partes do mundo faz com que as empresas avaliem com algum cuidado os pacotes de remuneração para expatriados.”

O ranking deste ano inclui 209 cidades em cinco continentes e determina o custo comparativo de bens como alojamento, transporte, comida, roupa, bens domésticos e entretenimento.

Texto editado por Ana Fernandes