Rússia vence Egipto e dá passo de gigante rumo aos oitavos

Cheryshev igualou Ronaldo no topo dos melhores marcadores. Salah jogou inferiorizado mas ainda marcou de penálti.

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REUTERS/Dylan Martinez

A Rússia venceu o Egipto, por 3-1, e garantiu praticamente o apuramento para os oitavos-de-final do Campeonato do Mundo, liderando o Grupo A com seis pontos (oito golos marcados e um sofrido) e ficando à espera do Uruguai-Arábia Saudita para confirmar o que está a ser uma entrada retumbante na competição que está a organizar.

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A Rússia venceu o Egipto, por 3-1, e garantiu praticamente o apuramento para os oitavos-de-final do Campeonato do Mundo, liderando o Grupo A com seis pontos (oito golos marcados e um sofrido) e ficando à espera do Uruguai-Arábia Saudita para confirmar o que está a ser uma entrada retumbante na competição que está a organizar.

Um autogolo de Fathi (47’) e os insuspeitos Cheryshev (59’) e Dzyuba (62’) arruinaram o sonho egípcio, apesar do momento de Mohamed Salah, que actuou fisicamente debilitado e, ainda assim, assumiu o protagonismo ofensivo dos “faraós”. O goleador do Liverpool assinou, de resto, o golo do Egipto (73’), de penálti, insuficiente para inverter a lógica de um debate em que a Rússia controlou e criou os melhores momentos e o Egipto, depois da derrota com o Uruguai, se limitou a esperar o erro do adversário.

Com esta derrota, o Egipto hipotecou fortemente as possibilidades de seguir em frente na competição, que poderão ruir caso o Uruguai pontue com os sauditas. De resto, os africanos arriscam, mesmo, despedir-se do Rússia 2018 sem mudar o registo de zero vitórias em Mundiais.

Para a selecção da casa, que nesta terça-feira se apresentou na Zenit Arena, em S. Petersburgo, com a confiança ultra-reforçada pela entrada imperial (5-0) no jogo de abertura, com a Arábia Saudita, este pode ser o melhor início em Mundiais desde 1966, quando perdeu (2-1) nas meias-finais, em Wembley, frente a Portugal. Em Inglaterra, a Rússia chegou também venceu os dois primeiros encontros, feito que agora sublinha com o melhor ataque da prova, com oito golos, algo que só França e Holanda (2014), Argentina (2006) e Alemanha (nove golos em 2002) conseguiram alcançar nos dois primeiros jogos no século XXI.

Respeitando os sinais fornecidos por Cheryshev e Dzyuba no jogo inaugural, o seleccionador da Rússia apostou na dupla que saltou do banco para ajudar a decidir o jogo com a Arábia Saudita, escolhendo um “onze” inicial sem Dzagoev (ainda lesionado) e Smolov.

Stanislav Cherchesov encontrou um Egipto demasiado cauteloso e aproveitou os espaços concedidos por Héctor Cúper para imprimir a dinâmica que os rivais só conseguiam contrariar quando a bola entrava em Mohamed Salah — que esteve muito perto de marcar a três minutos do intervalo — e Marwan Mohsen.

A estratégia resistiu durante toda a primeira parte, mas acabou por tornar-se obsoleta quando Ahmed Fathi tentou interceptar um remate enrolado de Zobnin e traiu o guarda-redes. A partir daí, o Egipto descontrolou-se e consentiu dois golos em três minutos, com Cheryshev a marcar pela terceira vez no Mundial e a igualar Cristiano Ronaldo na liderança da lista dos goleadores.