Venda de sacos de plástico caiu 94% em três anos de taxa

Verba arrecadada pelo Estado é cada vez mais residual. No ano passado foram vendidos 750 mil sacos, o que representou um encaixe de 60 mil euros.

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Diogo Baptista

Desde que os sacos de plástico leves são taxados a 10 cêntimos a venda destes produtos caiu 94%. No ano passado foram vendidos 750 mil sacos, já bem longe dos 12,5 milhões de 2015, o primeiro ano em que vigorou esta contribuição.

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Desde que os sacos de plástico leves são taxados a 10 cêntimos a venda destes produtos caiu 94%. No ano passado foram vendidos 750 mil sacos, já bem longe dos 12,5 milhões de 2015, o primeiro ano em que vigorou esta contribuição.

O que se passa é que desde Fevereiro desse ano este tipo de produtos praticamente desapareceu das grandes lojas, fazendo com que a verba arrecadada pelo Estado se tornasse cada vez mais residual. De um encaixe de um 1 milhão e dois mil euros em 2015 (bem abaixo 40 milhões estimados pelo Ministério do Ambiente), esta contribuição representou apenas 60 mil euros no ano passado, de acordo com os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Um estudo feito um ano depois da aplicação da taxa já dava conta que apenas 9% dos maiores retalhistas continuavam a dispor desta oferta.

Para o Ministério do Ambiente estes valores reflectem o sucesso da medida, que visava a redução do uso de sacos descartáveis. “A queda da receita significa que menos, muito menos sacos desta tipologia foram vendidos”, refere fonte oficial do ministério. Esta redução implicou, no entanto, uma substituição dos sacos leves por outros, igualmente de plástico, com maior gramagem, que agora preocupa o executivo. É por isso que a Secretaria de Estado do Ambiente considera alargar a taxa aos sacos mais resistentes (de espessura superior a 50 microgramas).