Descoberto esqueleto de homem que escapou ao Vesúvio mas morreu esmagado por rocha

O homem conseguiu escapar ao vulcão, apesar de uma infecção na tíbia que lhe atrasou a marcha. Morreu enquanto procurava refúgio, atingido por uma rocha que o esmagou.

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Os cientistas à frente da escavação ao Regio V, uma das regiões do sítio arqueológico de Pompeia, cidade romana sepultada pelo Vesúvio, encontraram os restos mortais de um homem que conseguiu salvar-se da primeira fase de erupção, em 79 a.C., mas que morreu pouco depois, esmagado por uma rocha.

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Os cientistas à frente da escavação ao Regio V, uma das regiões do sítio arqueológico de Pompeia, cidade romana sepultada pelo Vesúvio, encontraram os restos mortais de um homem que conseguiu salvar-se da primeira fase de erupção, em 79 a.C., mas que morreu pouco depois, esmagado por uma rocha.

De acordo com a página do sítio arqueológico de Pompeia, classificado como património mundial em 1997 pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, na sigla em inglês), os restos mortais encontrados pertenciam a um homem com pouco mais de 30 anos, que coxeava, aparentemente devido a uma infecção numa tíbia. Terá sido essa a razão que o impediu de escapar ao poder destrutivo do vulcão.

“As observações iniciais indicam que o homem sobreviveu à primeira fase de erupção do vulcão e consequentemente procurou salvar-se num beco que estava coberto de bagacina [nome dado aos fragmentos de rocha vulcânica deixados pela erupção de um vulcão]”, lê-se no site.

A rocha que o atingiu e lhe esmagou o tórax poderá ser a ombreira de uma porta, “violentamente lançada pela nuvem vulcânica”, descrevem os antropólogos. A rocha “colidiu com a zona superior do seu corpo, esmagando a parte superior do tórax e a cabeça, ainda por identificar, que se encontra a uma altura mais baixa do que os membros inferiores, e provavelmente debaixo do bloco rochoso”.

Massimo Osanna, director-geral do Parque Arqueológico de Pompeia, diz que se trata de um “achado excepcional” que contribui para “uma história cada vez mais precisa da civilização e da época, base da pesquisa arqueológica”.