Santa Casa à espera do Governo para avaliar entrada no Montepio

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, fala num "compasso de espera" sobre processo de entrada no capital do banco.

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Nuno Ferreira Santos

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) está “tranquilamente” em "compasso de espera" pela “definição do Governo” para avaliar a entrada no Montepio, disse hoje o Provedor, Edmundo Martinho, destacando que a instituição mantém interesse no banco.

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A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) está “tranquilamente” em "compasso de espera" pela “definição do Governo” para avaliar a entrada no Montepio, disse hoje o Provedor, Edmundo Martinho, destacando que a instituição mantém interesse no banco.

“Compasso de espera no sentido não da convicção sobre a importância deste projecto, mas sobre a forma que ele pode vir a assumir no futuro”, disse o provedor, Edmundo Martinho, hoje, em Lisboa, durante a apresentação dos Relatórios e Contas da Santa Casa e do Departamento de Jogos.

O provedor destacou uma recente recomendação ao Governo, aprovada por unanimidade no parlamento, que defende a regulação do quadro de investimentos financeiros da SCML e destacou que está agora à espera que o executivo decida sobre a definição da política de investimentos da Santa Casa.

“Entendemos que esta decisão do parlamento pode vir a determinar e a influenciar a decisão do Governo sobre a regulação do quadro de investimentos da SCML, investimentos financeiros, e, por elementar regra de prudência, deveríamos acautelar aquilo que poderá acontecer no futuro. Portanto, a decisão foi fazer esse compasso de espera e poder tomar uma decisão depois, com base numa fundamentação diferente da que existe neste momento”, sublinhou.

Edmundo Martinho considerou a eventual intervenção do Governo na regulação como uma ideia “muito positiva”, que “traduz segurança”, muita “confiança à política financeira”.

A Santa Casa “só ganha se tiver um quadro regulado ou, pelo menos, um quadro orientador para aquilo que é a sua política de investimentos de matéria financeira””, afirmou.

O Provedor destacou ainda que há “umas dezenas largas de entidades, uma centena do sector social das mais variadas dimensões”, que “mantém a intenção de, em conjunto, afirmar o seu interesse neste projecto”, pelo que “poderão vir a participar, ainda que de forma simbólica, no capital” do Montepio.

“É isto que está previsto que venha a acontecer”, concluiu.