CDS criticado por ausência na votação
Líder da bancada justifica falta por "motivos de agenda".
O ex-deputado do CDS Filipe Lobo d' Ávila criticou a ausência dos deputados do partido na votação da nova lei de identidade de género, esta sexta-feira em comissão. "Não consigo perceber que o CDS não esteja presente numa votação destas. Até poderá ser por motivos de agenda, mas a vida faz-se de sinais e este não é um bom sinal", escreveu no Facebook o líder da lista alternativa ao Conselho Nacional do partido.
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O ex-deputado do CDS Filipe Lobo d' Ávila criticou a ausência dos deputados do partido na votação da nova lei de identidade de género, esta sexta-feira em comissão. "Não consigo perceber que o CDS não esteja presente numa votação destas. Até poderá ser por motivos de agenda, mas a vida faz-se de sinais e este não é um bom sinal", escreveu no Facebook o líder da lista alternativa ao Conselho Nacional do partido.
O líder da bancada do CDS justificou ao Observador que o partido "não pôde estar presente por motivos de agenda", mas que deu a indicação de que o voto seria contra como, aliás, já tinha sido anunciado.
A justificação parece, no entanto, não convencer os críticos internos da direcção. O ex-deputado Raul Almeida, porta-voz da mesma lista alternativa ao Conselho Nacional, considera que a ausência dos deputados "é preocupante" e que é um "padrão que se repete" depois de a líder do CDS, Assunção Cristas, também ter estado ausente da votação da lei das chamadas "barrigas de aluguer", no ano passado.
Depois da votação indiciária desta tarde, na subcomissão para a Igualdade e Não Discriminação, a votação final global em plenário está marcada para 13 de Abril.
A proposta do Governo para a nova lei da identidade de género, que prevê a mudança de nome no cartão do cidadão a partir dos 16 anos, foi aprovada na comissão com os votos favoráveis do PS, BE, Verdes e PCP — que se absteve em dois artigos. O PSD votou contra todo o diploma.