PSD promete “propostas inovadoras” para o seu programa de Governo

Conselho Estratégico Nacional do partido tem algumas equipas que já estão a funcionar de forma informal.

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Algumas das propostas que vão constar do programa do governo do PSD que será feito pelo Conselho Estratégico Nacional “serão inovadoras” e o partido admite até que possam suscitar alguma polémica, segundo adiantou ao PÚBLICO fonte da direcção de Rui Rio.

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Algumas das propostas que vão constar do programa do governo do PSD que será feito pelo Conselho Estratégico Nacional “serão inovadoras” e o partido admite até que possam suscitar alguma polémica, segundo adiantou ao PÚBLICO fonte da direcção de Rui Rio.

O Conselho Estratégico Nacional (CEN), um órgão que o novo presidente do PSD recriou para funcionar como uma espécie de governo-sombra, foi o tema forte da primeira reunião que Rio teve, na quarta-feira à noite, com os presidentes das distritais e que a direcção também quer envolver na iniciativa.

Tanto o presidente do partido, Rui Rio, como o vice-presidente, David Justino, empenharam-se em afastar a ideia de que o papel das distritais poderá ser secundarizado e apontaram o conselho estratégico como “uma oportunidade”. “Isto não é feito contra as distritais, mas para as distritais”, declarou ao PÚBLICO David Justino, que vai presidir ao CEN.

David Justino refere que, desta vez, o futuro programa do Governo do PSD será feito pelo partido, o que “altera completamente a cultura política dominante”.

De acordo com relatos feitos ao PÚBLICO, o encontro com as distritais foi tranquilo e houve “total sintonia” com a direcção do partido em relação ao CEN. “Foi uma reunião de debate, de informação, de interacção e de preparação para o combate político com o actual Governo”, resumiu o deputado e líder da distrital da Guarda, Carlos Peixoto.

O também vice-presidente da bancada social-democrata realçou que “sendo o Conselho Estratégico Nacional constituído por pessoas de reconhecido mérito e valor, só pode acrescentar algo àquilo que se pretende que seja o aconselhamento político do partido de forma a que o futuro programa eleitoral do PSD seja mais sustentado e sólido”.

Carlos Peixoto referiu ainda que esta iniciativa “não dispensa o papel do grupo parlamentar, da Comissão Política Nacional e de todas as estruturas do partido", porque, sublinhou, “trata-se de um trabalho complementar”.

Quanto à observação feita por um dirigente distrital que questionou a direcção pelo facto de a reunião se centrar exclusivamente no novo CNE, deixando de fora a estratégia política do partido, Carlos Peixoto diz que o “caminho se faz caminhando e que jamais a Comissão Política Nacional e o líder do partido descurarão o combate político”.

Maurício Marques, que lidera a distrital de Coimbra, não podia mostrar-se mais satisfeito. O deputado aplaude a escolha do antigo ministro Arlindo Cunha para porta-voz da Agricultura e mostra a sua total disponibilidade para colaborar com o órgão.

“Naquilo a que Coimbra diz respeito vamos colaborar e vamos criar alguns gabinetes estratégicos que depois serão integrados no Conselho Estratégico Nacional”, acrescenta o deputado, adiantando que a sua distrital vai colaborar noutras áreas que não a da Agricultura. “Queremos ter uma participação activa noutras áreas porque Coimbra tem outros pergaminhos”, apontou sem especificar, mas dando a entender que a as universidades e a saúde serão áreas em que a distrital gostaria de intervir.

A equipa que vai integrar o conselho estratégico já está escolhida e há já algumas comissões a funcionar ainda que informalmente. O PSD quer dar solenidade ao anúncio dos porta-vozes e coordenadores que vão fazer o programa eleitoral do partido pelo que os nomes convidados para integrar o CEN serão anunciados brevemente, em conferência de imprensa, na sequência do Conselho Nacional de dia 3 de Abril.