Comité da Câmara dos EUA pede formalmente a Zuckerberg para testemunhar

Pedido de depoimento de Zuckerberg vem no seguimento do escândalo da Cambridge Analytica, que envolveu o roubo de dados pessoais de mais de 50 milhões de perfis do Facebook para fins de propaganda política.

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Mark Zuckerberg anunciou esta quarta-feira auditorias a várias aplicações como medida de protecção de dados Robert Galbraith/arquivo

Os líderes do Comité de Energia e Comércio dos Estados Unidos escreveram, esta sexta-feira, um documento a Mark Zuckerberg a detalhar as novas preocupações sobre o uso de dados pessoais por parte da rede social da qual é fundador e a pedir formalmente que testemunhe sobre o caso numa futura audiência.

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Os líderes do Comité de Energia e Comércio dos Estados Unidos escreveram, esta sexta-feira, um documento a Mark Zuckerberg a detalhar as novas preocupações sobre o uso de dados pessoais por parte da rede social da qual é fundador e a pedir formalmente que testemunhe sobre o caso numa futura audiência.

“A audiência examinará a recolha e a venda de informação pessoal de mais de 50 milhões de utilizadores do Facebook, potencialmente sem o seu conhecimento ou consentimento, numa violação da política do Facebook”, disseram Greg Walden, representante republicano que preside o Comité, e Frank Pallone, o principal democrata do painel, citados pela Reuters.

De acordo com informação avançada pelo jornal New York Times esta quinta-feira, os funcionários do Facebook foram sujeitos a interrogatório mas não conseguiram responder a questões sobre a violação de privacidade de dados que envolveu a Cambridge Analytica, com ligações à campanha eleitoral de Donald Trump.

No início desta semana, o Parlamento Europeu e uma comissão parlamentar no Reino Unido convocaram também Zuckerberg para prestar esclarecimentos sobre o papel do Facebook no uso de dados dos cidadãos para fins de manipulação política, incluindo suspeitas de manipulação na campanha do referendo sobre o "Brexit".

O pedido formal para depor chega pouco tempo depois de Zuckerberg ter pedido desculpas pelo incidente e se ter mostrado, durante uma entrevista à CNN, disponível para testemunhar perante o Comité caso fosse a pessoa indicada para o fazer.

Texto editado por Maria Paula Barreiros