Da invasão do Kuwait à invasão do Iraque

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Derrube da estátua de Saddam Hussein em Bagdad, em 9 de Abril de 2003 GORAN TOMASEVIC/REUTERS

Saddam Hussein decidiu invadir o Kuwait há quase 30 anos, mas permaneceu no poder muitos mais. Em Março, vão completar-se 15 anos desde que George W. Bush e Tony Blair invadiram o Iraque, a pretexto da ameaça de armas de destruição maciça nunca encontradas e de ténues ligações à Al-Qaeda. A verdade é que foi a guerra começada em 2003 que fez crescer a Al-Qaeda no país, o mesmo onde a organização se radicalizou para renascer como Daesh no vazio de poder sírio a partir de 2012.

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Saddam Hussein decidiu invadir o Kuwait há quase 30 anos, mas permaneceu no poder muitos mais. Em Março, vão completar-se 15 anos desde que George W. Bush e Tony Blair invadiram o Iraque, a pretexto da ameaça de armas de destruição maciça nunca encontradas e de ténues ligações à Al-Qaeda. A verdade é que foi a guerra começada em 2003 que fez crescer a Al-Qaeda no país, o mesmo onde a organização se radicalizou para renascer como Daesh no vazio de poder sírio a partir de 2012.

O Daesh tentou conquistar o Iraque, mas falhou, o que não livrou o país da instabilidade e da violência. A invasão que começou a mudar o Médio Oriente e o Golfo Pérsico ainda provoca ondas de choque e a relação entre grupos étnicos e religiosos iraquianos nunca mais foi a mesma. As notícias destes dias falam de gente que regressa ao seu país, o mesmo que ainda corre o risco de se desintegrar, se os seus políticos – os xiitas, no poder – não souberem transformá-lo numa federação e não voltarem a fazer com que a minoria árabe sunita se sinta marginalizada.