Ministra-adjunta do Trabalho demite-se após críticas por despesas

Rania Antonopoulou tinha direito a subsídio de alojamento, mas admite que num país em crise isto provoque “indignação”.

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Muitos gregos ficaram indignados por uma governante de um país em crise com grande fortuna pessoal reinvindicar um subsídio de habitação Alkis Konstantinidis/Reuter

A ministra-adjunta do Trabalho da Grécia demitiu-se na sequência de um coro de críticas por ter recebido um subsídio de habitação, quando tem uma grande fortuna pessoal.

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A ministra-adjunta do Trabalho da Grécia demitiu-se na sequência de um coro de críticas por ter recebido um subsídio de habitação, quando tem uma grande fortuna pessoal.

Rania Antonopoulou, economista a morar nos Estados Unidos, tinha direito ao subsídio, destinado a contribuir para pagar a renda de casas de membros do Governo que não tenham residência em Atenas.

Antonopoulou pediu subsídio, no valor de 23 mil euros durante dois anos, apesar de ter, com o marido, o ministro da Economia, Dimitri Papadimitriou, declarado 450 mil euros de rendimento em 2015, e de o casal ter perto de meio milhão de euros em depósitos e património na Grécia e no estrangeiro. “O casal mais rico do Governo ultrapassou os limites”, dizia o semanário Proto Thema.

“Nunca foi minha intenção ofender o povo grego”, disse Antonopoulou. “Durante este período de crise, em que milhares de pessoas agonizam de preocupação pelas suas casas, rendimento, empréstimos, percebo que cada benefício, mesmo legítimo, cause indignação”, disse a ex-ministra, que é do Syriza.