Cães gigantes, furões e geckos são alguns dos novos animais de estimação

Um cão de 130 quilogramas, um furão ou um "gecko" são alguns dos animais que já começam a habitar as casas portuguesas

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Yulia Vambold/Unsplash

As famílias preferem cada vez mais a companhia de animais pouco habituais, e isso esteve espelhado no Petfestival — o festival sobre animais de estimação, que decorreu na Feira Internacional de Lisboa (FIL), durante o fim-de-semana.

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As famílias preferem cada vez mais a companhia de animais pouco habituais, e isso esteve espelhado no Petfestival — o festival sobre animais de estimação, que decorreu na Feira Internacional de Lisboa (FIL), durante o fim-de-semana.

Num dos pavilhões, logo à entrada, esteve o Clube Português do Furão, um mamífero carnívoro que dorme "16 horas ou mais por dia" e comunica através de um som parecido "com uma galinha". Em declarações à agência Lusa, a responsável Inês Faria explicou que este "não é um animal para toda a gente, é um animal extremamente complexo, requer muito tempo, muita atenção e dá também uma despesa considerável".

"Eles não são propriamente o tipo de animal que nós chamemos e eles venham, são extremamente interessados nas coisas que eles acham interessantes. Mas sim, interagem muito connosco", explicou.

Apontando que um furão "não é animal de gaiola", Inês Faria afirmou que eles "correm, pulam, vão contra os móveis" e quando têm companhia de outros exemplares da mesma espécie, fazem "um espectáculo, são mesmo muito divertidos".

Estes animais gostam também "de se esconder em lugares escuros" e contam com unhas "preparadas para escavar", que "devem ser cortadas a cada duas ou três semanas". "E eles podem escavar as almofadas, o edredão, podem trepar as cortinas, podem meter-se em toda a espécie de sarilhos", uma vez que "são muito curiosos", contou a responsável do clube.

Os geckos estão na moda?

Dentro de umas caixinhas encontravam-se os geckos, da família dos lagartos. Marisa Galrito, da loja Tortuga, disse à Lusa que a adopção destes animais já começa a ser mais comum, uma vez que os répteis "estão muito na moda", especialmente "entre adolescentes e crianças".

Para adquirir um destes bichos é preciso desembolsar entre 25 e algumas centenas de euros, sendo necessário colocá-los num terrário com respiração, aquecimento com lâmpadas próprias e decoração adequada. Quanto à alimentação, é constituída por insectos que têm de estar vivos, uma vez que a caça é natural para estes animais, acrescenta Marisa. Outra das características do gecko é o armazenamento de nutrientes na cauda, à semelhança das bossas dos camelos.

Ao invés de outros répteis, os geckos não mudam de cor, a não ser "quando mudam a pele e ficam mais esbranquiçados". Estes animais podem então ser "pretos, amarelos, todos brancos, ou ter listas castanhas e amarelas", explicou a lojista.

Um cão que impressiona

Atravessando a feira, junto ao ringue onde decorrem as provas de agilidade, encontrava-se um dos animais mais imponentes desta feira. O mastim tibetano é um cão que impressiona pelo peso, porque pode chegar aos 130 quilos, e também pelo preço. Um cachorro pode custar entre os dez e os 50 mil euros.

Nuno Carlos, criador destes animais, explicou à Lusa que este é "um cão de porte grande, é um cão que é agressivo, é muito protector, é um cão que precisa de algum espaço para se movimentar".

Apesar do tamanho, é um animal que não dá grande trabalho, pelo que a única rotina essencial é o facto de ter de ser penteado "de dois em dois meses".

Originário do continente asiático, esta é uma espécie que foi usada na guerra, mas também para proteger gado e guardar a família, referiu Nuno Carlos, dos Guardiões do Templo.

A edição deste ano do Petfestival decorreu de 2 a 4 de Fevereiro e, para além destes animais, contou também com peixes, gatos, animais da quinta e até suricatas.