Câmara quer mais poder sobre o Coliseu para poder fazer obras

Sala de espectáculos precisa de obras e Rui Moreira diz que o município tem condições para apresentar uma candidatura a fundos comunitários

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Rui FarinhaNFactos

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, pediu ao Conselho Metropolitano do Porto (CmP) que estude uma forma de alterar o “modelo de governância” do Coliseu do Porto, para que o município possa assumir uma “titularidade” do espaço que lhe permita apresentar uma candidatura a fundos comunitários para uma intervenção na sala de espectáculos.

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O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, pediu ao Conselho Metropolitano do Porto (CmP) que estude uma forma de alterar o “modelo de governância” do Coliseu do Porto, para que o município possa assumir uma “titularidade” do espaço que lhe permita apresentar uma candidatura a fundos comunitários para uma intervenção na sala de espectáculos.

O autarca explicou que a sua intenção não é que a Área Metropolitana do Porto deixe a sua posição na Associação Amigos do Coliseu – onde, com a câmara e o Ministério da Cultura constitui três dos maiores sócios -, mas evitar que, por causa dessa presença, o espaço fique impedido de ser apresentado a uma candidatura ao IFRRU – Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbana. Isto porque, de acordo com um parecer da própria AMP, esta está impedida de financiar o Coliseu.

“O Coliseu vai precisar de obra”, disse Rui Moreira, especificando. “Pergunto se haveria problemas em criar-se um modelo de governância alternativo, em que o município do Porto fosse titular, porque de outra forma temo que se chegue a um impasse”, disse.

A proposta recebeu a concordância dos restantes autarcas da AMP – a Maia não esteve presente -, desde que esta entidade não seja afastada da Associação Amigos do Coliseu, algo que o próprio Moreira defendeu. E reconheceram também que aguardar por um contributo do Ministério da Cultura para a realização de obras não resolveria o problema, já que aí, “não se consegue dinheiro”, conforme disse o presidente da comissão executiva do CmP, Lino Ferreira.

Não ficou ainda claro como essa mudança poderá ocorrer – Moreira deu, a título de exemplo, a possibilidade de se fazer um contrato de arrendamento com a Câmara do Porto -, mas Eduardo Vítor Rodrigues pediu que até “meados de Janeiro” seja apresentado um parecer da comissão executiva sobre o pedido feito pelo autarca do Porto.