Mais de uma dezena de quedas de árvore e estruturas em Lisboa no início da manhã

Queda de árvores provocou danos em vários veículos. Circulação na Avenida Elias Garcia será reposta até ao final da tarde, diz a junta das Avenidas Novas.

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O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa registou, entre as 7h e as 10h15 desta segunda-feira, mais de uma dezena de quedas de árvores e de estruturas, disse à Lusa fonte da corporação.

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O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa registou, entre as 7h e as 10h15 desta segunda-feira, mais de uma dezena de quedas de árvores e de estruturas, disse à Lusa fonte da corporação.

“Até ao momento [10h15] temos mais de uma dezena de ocorrências relacionadas com quedas de árvores e estruturas, bem como algumas inundações”, explicou uma fonte dos Sapadores Bombeiros, que opera na cidade de Lisboa.

De acordo com a mesma fonte, a ocorrência que “está a dar mais trabalho” é a da Avenida Elias Garcia, onde a queda de uma árvore durante a noite está a condicionar o trânsito. “Não foram registados acidentes graves nem feridos na sequência das ocorrências”, acrescentou.

À Lusa a presidente da Junta de Freguesia das Avenidas Novas, Ana Gaspar, explicou que vários ramos de árvores nessa avenida caíram, e na confluência com a Avenida 5 de Outubro, atingindo cerca de 20 carros que se encontravam estacionados na rua. Os trabalhos de remoção dos ramos deverão estar concluídos até ao final da tarde desta segunda-feira, podendo, assim, ser reposta a circulação.

“Até ao final tarde está transitável a rua”, estimou a presidente, referindo que “uma parte da [Avenida] Elias Garcia já está liberta”. No entanto, não é possível, para já, “ter uma previsão mais assertiva do que esta”, dado que “ainda há muitos troncos” pendurados e no chão, afirmou.

Os trabalhos de remoção dos ramos caídos “estão a decorrer com ajuda da câmara municipal” e de “20 homens e duas máquinas” da junta de freguesia, adiantou Ana Gaspar, sublinhando que os estragos “vão ser cobertos pela Câmara Municipal de Lisboa”. 

A par dos automóveis, “houve também um quiosque afectado”, afirmou a autarca, acrescentando que, “até agora”, a junta não tem conhecimento de outras infra-estruturas que tenham sido arrancadas ou danificadas devido à chuva e ao vento forte que se fez sentir durante a madrugada.

Ana Gaspar observou ainda que, apesar de esta ser “uma zona muito arborizada da cidade” – o que “tem custos”–, “as árvores têm sido podadas atempadamente”. Para evitar a queda de outros ramos, as árvores terão agora de ser podadas para “não haver mais nenhum risco”, notou.

Fonte dos Sapadores Bombeiros tinha já informado que, entre a meia-noite e as 7h, o regimento registou mais de uma centena de ocorrências, na maioria quedas de árvores e de estruturas. Em declarações à Lusa esta segunda-feira, ao início da manhã, uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Lisboa tinha dado conta de mais de 300 ocorrências entre a meia-noite e as 6h30, a maioria também quedas de árvores e estruturas.

“Registámos depois da meia-noite mais de 300 ocorrências que contaram com 1200 operacionais, com o auxílio de 338 veículos. Entre estes operacionais estiveram envolvidos, bombeiros, PSP, GNR, veículos de reboque e assistência e Infra-estruturas de Portugal”, adiantou a mesma fonte.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) tinha previsto que a partir das 3h a tempestade Ana começasse a perder intensidade e a dissipar-se. De acordo com o instituto, para esta segunda-feira está prevista uma descida das temperaturas, aguaceiros, diminuindo de frequência e intensidade, possibilidade de trovoada e granizo e queda de neve acima de 800 metros.

Mais de 9300 operacionais da Protecção Civil, incluindo bombeiros, elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal (INEM) e Guarda Nacional Republicana (GNR), estão destacados desde o início de domingo por causa da passagem pelo continente da tempestade Ana.

A queda de uma árvore provocou uma vítima mortal, uma mulher de 45 anos, em Marco de Canavezes, no domingo.