Protecção Civil registou mais de 3010 ocorrências durante a madrugada

Lisboa, Porto, Braga, Aveiro, Coimbra e Viseu foram os distritos mais afectados.

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Paulo Pimenta

A Protecção Civil registou durante a madrugada desta segunda-feira mais de 3010 ocorrências relacionadas com o mau tempo, que provocou mais de 1900 quedas de árvores, 346 inundações e 34 deslizamentos de terras.

De acordo com o comandante Paulo Santos, da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), o mau tempo atingiu o país de Norte a Sul, mas afectou mais os distritos de Lisboa, Porto, Braga, Aveiro, Coimbra e Viseu.

"Esta tempestade que afectou o país de Norte a Sul provocou mais de 1900 quedas de árvores, 34 movimento de massa [deslizamento de terras], 346 inundações, 551 quedas de estruturas e mais de 150 limpezas de via", disse o oficial de operações da ANPC, num ponto de situação até às 7h30 desta segunda-feira.

Quanto ao trânsito, a Protecção Civil não tem conhecimento de qualquer corte de circulação nos itinerários principais, estradas nacionais ou nas principais auto-estradas, apenas informação relativa à interdição de acesso ao maciço central da Serra da Estrela.

No entanto, sublinhou o responsável, "é natural que os cidadãos, à medida que vão saindo de suas casas de manhã, venham a encontrar lençóis de água, detritos na via ou alguma árvore", daí que a ANPC aconselhe "o máximo de cuidados na condução".

No que diz respeito ao distrito do Porto, uma fonte do CDOS disse à Lusa que desde a meia-noite de domingo foram registadas mais de 200 ocorrências sobretudo de quedas de árvores e estruturas e pequenas inundações.

Em Santarém, a Protecção Civil registou uma centena de ocorrências, a maior parte queda de árvores. O comandante distrital de Operações de Socorro de Santarém, Mário Silvestre, disse à Lusa que o pico das ocorrências no distrito se registou entre as 23h e as 24h de domingo, tendo sido envolvidos 150 operacionais e 57 meios, entre bombeiros e forças de segurança.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) tinha previsto que a partir das 3h a tempestade Ana começasse a perder intensidade e a dissipar-se.

Esta segunda-feira, o Instituto disse que a tempestade já deixou o território português, estando agora prevista uma descida das temperaturas, aguaceiros, diminuindo de frequência e intensidade, possibilidade de trovoada e granizo e queda de neve acima de 800 metros.

No distrito de Viseu caíram perto de 200 árvores, mas sem causar vítimas, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro. Segundo a mesma fonte, desde domingo até às 7h desta segunda-feira foram registadas 192 quedas de árvores, "mas o número está sempre a aumentar".

Durante a noite, algumas estradas estiveram "pontualmente interrompidas" devido ao corte das árvores, mas ao início da manhã encontravam-se todas desimpedidas, acrescentou.

Mais de uma centena de ocorrências foi registada desde a meia-noite e até às 7h pelo Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa, a maioria quedas de árvores e de estruturas, segundo uma fonte da corporação. De acordo com a mesma fonte, foram ainda registadas sete inundações em espaços privados e oito em espaços públicos.

Mais de 9300 operacionais da Protecção Civil, incluindo bombeiros, elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal (INEM) e Guarda Nacional Republicana (GNR), estão destacados desde o início do dia de domingo por causa da passagem pelo continente da tempestade Ana.

No domingo, a tempestade causou uma vítima mortal, uma mulher de 45 anos, em Marco de Canavezes, devido à queda de uma árvore.

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