As sardinhas chegaram à exposição permanente do Oceanário de Lisboa

Cardume de sardinhas da costa portuguesa faz parte dos habitantes de um novo aquário que recria as águas do Atlântico.

Foto
Pedro A. Pina

As sardinhas são protagonistas das festas de Verão em Portugal, têm tido um papel relevante na economia do país e têm estado nas notícias por estarem ameaçadas e porque os especialistas do Conselho Internacional para a Exploração do Mar recomendaram a proibição total da sua pesca em Portugal e Espanha no próximo ano. Desta vez, voltam à ribalta porque um cardume delas vai estar num novo aquário da exposição permanente do Oceanário de Lisboa que recria as águas do oceano Atlântico.

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As sardinhas são protagonistas das festas de Verão em Portugal, têm tido um papel relevante na economia do país e têm estado nas notícias por estarem ameaçadas e porque os especialistas do Conselho Internacional para a Exploração do Mar recomendaram a proibição total da sua pesca em Portugal e Espanha no próximo ano. Desta vez, voltam à ribalta porque um cardume delas vai estar num novo aquário da exposição permanente do Oceanário de Lisboa que recria as águas do oceano Atlântico.

“A sardinha, Sardina pilchardus, é uma das espécies mais reconhecidas pelos portugueses, sendo um símbolo da cultura popular e com um papel muito relevante na economia do país”, lê-se num comunicado do Oceanário de Lisboa. Como tal, justifica-se assim a entrada desta espécie: “A integração das sardinhas na exposição do oceanário pretende dar a conhecer esta espécie e sensibilizar para a importância das escolhas conscientes de cada indivíduo no que respeita ao consumo de pescado, contribuindo para o equilíbrio e para sustentabilidade da exploração dos recursos marinhos.”

Quem são então estes novos habitantes do oceanário, que podem ver-se neste vídeo? Têm um corpo alongado, azul ou verde no dorso e prateado no ventre. Depois, gostam de viver em grupo e formam grandes cardumes que se alimentam de plâncton, como microalgas, pequenos crustáceos e ovos de peixes. Os seus grupos distribuem-se no Atlântico Nordeste, desde o Mar do Norte até ao Mar Mediterrâneo. É durante o Verão e até meados no Outono que vão ganhando gordura e reproduzem-se nos meses a seguir.

É também em pleno Verão que a Sardina pilchardus está mais na costa portuguesa devido ao fenómeno de afloramento costeiro, em que existe uma subida das águas frias, mais profundas e ricas em nutrientes, para a superfície devido à nortada (regime de ventos). Há décadas que as sardinhas são muito pescadas em Portugal.

As suas populações, refere o comunicado, encontram-se num estatuto de conservação de “quase ameaçadas”, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês), por isso existe um plano de gestão para pesca da sardinha. “Este plano inclui períodos de interdição e limites de captura. Esta espécie tem um tamanho mínimo legal de captura de 11 centímetros”, refere ainda o comunicado. Agora, pelo menos um cardume está seguro no Oceanário de Lisboa.