Centro de emergência para sem-abrigo abriu em Setembro

Câmara do Porto continua à procura de locais para instalar mais restaurantes solidários na cidade.

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Há um novo local para acolher os sem-abrigo da cidade do Porto Paulo Pimenta

O centro de acolhimento de emergência de cidadãos sem-abrigo abriu a 1 de Setembro, nas instalações do Hospital Joaquim Urbano e acolhe já 16 pessoas, revelou, esta terça-feira, o vereador da Acção Social, Fernando Paulo, durante a reunião do executivo.

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O centro de acolhimento de emergência de cidadãos sem-abrigo abriu a 1 de Setembro, nas instalações do Hospital Joaquim Urbano e acolhe já 16 pessoas, revelou, esta terça-feira, o vereador da Acção Social, Fernando Paulo, durante a reunião do executivo.

O autarca respondia ao socialista Manuel Pizarro que solicitou um ponto da situação da estratégia para os sem-abrigo, a propósito da renovação do apoio à Associação CASA - Centro de Apoio aos Sem-abrigo – Instituição Particular de Solidariedade Social, que mantém em funcionamento o único restaurante solidário da cidade. Fernando Paulo esclareceu que a abertura do centro de acolhimento de emergência não foi previamente divulgado, por ter ocorrido em período de campanha eleitoral, mas garante que está já em pleno funcionamento, em regime de projecto-piloto. Durante seis meses, o espaço funcionará graças a uma “prestação de serviços”, explicou.

A solução encontrada deixou Pizarro – vereador da Acção Social durante quase todo o anterior mandato – preocupado, revelou o socialista. “Este é o tipo de oferta que não pode correr o risco de ser interrompida”, disse, pedindo que se abra, rapidamente, “o procedimento concursal” para garantir um funcionamento mais estável. Fernando Paulo garantiu que os passos nesse sentido deveriam ser dados ainda durante a tarde desta mesma terça-feira.

O novo responsável pela Acção Social mostrou-se também optimista quanto ao alargamento da rede de restaurantes solidários, afirmando que espera ter resultados “dentro de dois, três meses”. Isto depois de o presidente Rui Moreira ter revelado ser “extraordinariamente difícil encontrar quem esteja disponível para ceder espaços para este fim”.

O autarca diz que as tentativas para encontra um local na zona de Júlio Dinis/Boavista, ainda durante o anterior mandato, não deram resultados, e não foi ainda possível encontrar um local na outra zona da cidade que considera importante – a do Campo 24 de Agosto. O único restaurante solidário que funciona, por enquanto, no Porto, é na zona da Batalha e abriu em Setembro ano passado.