Camas anti-ressonar e roupeiros robóticos conectados à Internet
No quarto, há camas, roupeiros e mesas-de-cabeceira que se controlam do smartphone e usam a Internet para simplificar o dia-a-dia dos habitantes.
Não são só electrodomésticos que se começam a ligar à Internet. Em 2017, surgem armários que se arrumam sozinhos de acordo com instruções recebidas via smartphone, camas que monitorizam o sono de quem dorme nelas e carregadores disfarçados de mesas-de-cabeceira.
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Não são só electrodomésticos que se começam a ligar à Internet. Em 2017, surgem armários que se arrumam sozinhos de acordo com instruções recebidas via smartphone, camas que monitorizam o sono de quem dorme nelas e carregadores disfarçados de mesas-de-cabeceira.
Fazem parte de um novo conceito de “mobília inteligente” (smart furniture, no inglês). Como outros objectos com o prefixo “smart” – dos smartphones, aos smartwatches –, a ligação à Internet permite expandir as funções dos objectos muito além do propósito original.
O roupeiro que se arruma sozinho
A ThreadRobe é um roupeiro que se arruma sozinho, desenvolvido por uma startup na Virginia, EUA. Basta atirar roupa lavada para o interior do armário para “mãos robóticas” a pendurarem. Depois, o utilizador escolhe as peças que quer utilizar através de uma aplicação móvel e o armário devolve-as, sem vincos, na hora certa. Quando programado, a roupa é passada por uma centrifugadora embutida no aparelho.
O roupeiro depende de tecnologia RFID – um sistema de identificação por radiofrequência – para identificar a roupa. Cada peça é etiquetada com um código RFID que é configurado pelo utilizador para descrever ou mostrar uma fotografia na aplicação móvel (por exemplo, “calças de ganga azuis” ou “camisa com um boneco sorridente”). A versão comercial do produto deve chegar ao mercado em meados de 2018, com o preço do roupeiro mais pequeno a rondar os 3200 euros. Para os criadores, é o fim de horas perdidas a procurar uma um par de calças específico no armário.
O estilista de duas portas que perfuma a roupa
Não são só startups a olhar para roupeiros inteligentes. O Styler, da LG, é um armário concebido pela gigante sul-coreana para refrescar, perfumar e remover vincos das roupas guardadas.
Tal como alguns ferros de engomar, o Styler utiliza jactos de vapor para limpar e amaciar os tecidos. Os aromas e tipo de limpeza podem ser programados pelo utilizador através de uma aplicação móvel.
O grande problema, porém, é que os roupeiros de uso comercial são muito pequenos. O modelo mais barato – que já está no mercado – oferece espaço para cerca de três conjuntos, além de alguns sapatos e acessórios (como gravatas, cachecóis e cintos). Custa cerca de 1115 euros.
Uma cama de olho no sono
A cama 360 da Sleep Number é mais do que um colchão: é capaz de descobrir se o utilizador está a dormir bem ao monitorizar o seu batimento cardíaco, movimentos durante o sono, e respiração, alterar a sua inclinação para impedir o utilizador de ressonar, e adaptar automaticamente a sua temperatura.
Toda a informação fica armazenada numa aplicação móvel, onde também se pode definir o funcionamento da cama. Por exemplo, no inverno a 360 pode ser programada para pré-aquecer antes do utilizador ir dormir. Há ainda um despertador embutido que é impossível ignorar de manhã sem sair da cama.
Por enquanto, a cama apenas está disponível nos EUA. Consoante o tamanho e funções incluídas, os preços varam entre os 2000 e os 7000 dólares (entre 1700 e 6000 euros).
Uma mesa que atende chamadas
A Curvilux é uma mesa-de-cabeceira com conectividade móvel e luzes que imitam o pôr-do-sol para um despertar mais suave. Apesar do aspecto minimalista, inclui uma área de carregamento sem fios – para o smartphone ou a tablet – duas entradas USB e uma gaveta com uma fechadura inteligente que só se abre com o telemóvel do utilizador.
Além disso, vem com luzes orientadas para o chão que se acendem automaticamente quando há movimento (para evitar que as pessoas tropecem durante a noite), colunas embutidas que podem ser programadas para tocar música do smartphone do utilizador ao adormecer ou acordar e um microfone para atender chamadas.
Custa cerca de 380 euros.