Desaparecimento do avião da Malaysia Airlines “é quase inconcebível”, aponta o relatório final

Aeronave desapareceu dos radares a 8 de Março de 2014, com 239 pessoas a bordo, depois de sair de Kuala Lumpur. Buscas incidiram numa área de 120 mil quilómetros quadrados em pleno oceano Índico.

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LUSA/FAZRY ISMAIL

O desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo em 8 de Março de 2014 é “quase inconcebível” e “socialmente inaceitável na aviação moderna”, aponta o relatório final publicado esta terça-feira na Austrália.

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O desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo em 8 de Março de 2014 é “quase inconcebível” e “socialmente inaceitável na aviação moderna”, aponta o relatório final publicado esta terça-feira na Austrália.

O documento elaborado pelo Gabinete Australiano para a Segurança dos Transportes (ATSB na sigla em inglês), que lidera as buscas em que também participam a China e a Malásia, manifestou a sua “profunda tristeza por não ter localizado o avião, nem tão-pouco as 239 pessoas que iam a bordo e continuam desaparecidas”.

O relatório apresentou os pormenores das buscas do MH370 e do trabalho realizado pela Austrália numa área de 120.000 quilómetros quadrados no oceano Índico, frente à costa ocidental da Austrália.

“É um esforço sem precedentes e teve uma resposta extraordinária da comunidade global”, disse em comunicado Greg Hood, da ATSB, destacando os elevados padrões e o profissionalismo implicados no trabalho.

Em meados de Agosto, os relatórios da Geoscience Australia e da agência de ciência australiana (CSIRO, na sigla em inglês) sugeriram que o avião estaria localizado numa área de 25.000 quilómetros quadrados no oceano Índico, a norte da zona onde foram feitas as buscas iniciais.

O avião da Malaysia Airlines desapareceu dos radares em 8 de Março de 2014, cerca de 40 minutos após descolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim, depois de alguém ter desligado os sistemas de comunicação e alterado a rota do avião, segundo a investigação oficial.

A bordo viajavam 239 pessoas, incluindo 154 cidadãos chineses, 50 malaios (incluindo 12 tripulantes), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três norte-americanos, dois canadianos, dois iranianos, dois neozelandeses, dois ucranianos, um holandês e um russo.

Os peritos determinaram, com base nos dados existentes, que o avião se despenhou numa remota zona do Índico e foi procurado numa área de 120.000 quilómetros quadrados sem êxito.

A recuperação de peças do MH370 em Moçambique, África do Sul, nas ilhas Maurícias, na francesa Reunião e Pemba (Tanzânia), como confirmaram as análises de laboratório, permitiu constatar que o aparelho se despenhou e elaborar novas hipóteses.

As buscas no terreno foram suspensas a 17 de Janeiro até que novas provas sólidas permitam retomar as operações.