Governo classifica Tabacaria Mónaco, em Lisboa, como monumento de interesse público

A Tabacaria Mónaco foi fundada em 1875 numa loja pombalina "entre o Chiado elegante e intelectual e o Rossio histórico".

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A Tabacaria Mónaco situa-se na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa. Dario Cruz

A portaria do Governo que classifica a Tabacaria Mónaco, em Lisboa, e o seu património integrado como monumento de interesse público foi nesta terça-feira publicada no Diário da República (DR).

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A portaria do Governo que classifica a Tabacaria Mónaco, em Lisboa, e o seu património integrado como monumento de interesse público foi nesta terça-feira publicada no Diário da República (DR).

O documento, assinado pelo ministro da Cultura, Luís Filipe Carrilho de Castro Mendes, é estabelecido que a zona especial de protecção do monumento será fixada por portaria.

"O espaço representa um notável exemplo da integração das artes, com arquitectura, escultura e pintura trabalhadas numa perspectiva conjunta, de claro gosto burguês, conjugando com humor e leveza a tradição lusitana e o apelo da Europa cosmopolita e glamorosa 'fin de siécle'", é salientado no documento de classificação.

A portaria destacou ainda que, a partir do aproveitamento do exíguo espaço existente, "conseguiu-se uma notável composição artística e arquitectónica que articula elementos, géneros e estilos (painéis de azulejos com temática 'moderna' e caricatural, pintura naturalista, mobiliário neoclássico, caixilharias neogóticas, entalhamentos neobarrocos) num cenário de gosto ecléctico, característico do final de Oitocentos, conservado até hoje com notável integridade".

A Tabacaria Mónaco, localizada na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, foi fundada em 1875, numa loja pombalina "entre o Chiado elegante e intelectual e o Rossio histórico".

"A sua feição actual resultou de um projecto decorativo encomendado em 1893 ao arquitecto Rosendo Carvalheira, então em início de carreira, que mobilizou um grupo excepcional de artistas e artesãos, conjugando as cerâmicas de Rafael Bordalo Pinheiro, e as pinturas murais de António Ramalho, com exímios trabalhos de marcenaria", é ainda destacado.