Quase 60% das crianças nascidas na China são já segundo ou terceiro filho
A política de um filho por casal terminou no início de 2016.
Quase 60% das crianças chinesas nascidas nos primeiros cinco meses de 2017 são já o segundo ou terceiro filho da família, em resultado do fim da política de filho único, indicam estatísticas oficiais.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Quase 60% das crianças chinesas nascidas nos primeiros cinco meses de 2017 são já o segundo ou terceiro filho da família, em resultado do fim da política de filho único, indicam estatísticas oficiais.
De acordo com os dados da Comissão da Saúde e Planeamento Familiar chinesa, 57,7% das 7,41 milhões de crianças nascidas na China, entre Janeiro e Maio, tinha já um ou dois irmãos.
No período homólogo de 2016, aquele indicador fixou-se em 49,2%, segundo os mesmos dados, divulgados na terça-feira.
O rígido controlo da natalidade da política de "um casal, um filho" esteve em vigor na China entre 1980 e o início de 2016.
A queda da população em idade activa no país, e consequentes riscos para a estabilidade económica e a sustentabilidade da segurança social chinesa, levou o Governo a optar pela abolição daquela política.
No final do ano passado, a China tinha mais de 230,8 milhões de pessoas com idade superior a 60 anos, o equivalente a 16,7% da população total chinesa, ilustrando as rápidas mudanças demográficas no país mais populoso do mundo.