Vamos ver os golfinhos, mas com segurança

Pelo quarto ano consecutivo, a Tróia- Natura, em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, promove a campanha “Proteger os Golfinhos”

Foto
Bruno Lisita/Arquivo

Todos os anos, os golfinhos, animais ágeis e sociáveis, atraem turistas. Os barcos que circulam nessas águas precisam de ser navegados com precaução para não os ferir. É por isso que a Tróia-Natura realiza uma campanha de sensibilização ambiental, em conjunto com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

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Todos os anos, os golfinhos, animais ágeis e sociáveis, atraem turistas. Os barcos que circulam nessas águas precisam de ser navegados com precaução para não os ferir. É por isso que a Tróia-Natura realiza uma campanha de sensibilização ambiental, em conjunto com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

A campanha, que vai na quarta edição, tem como objectivo “dar a conhecer e sensibilizar a opinião pública e os diversos tipos de navegadores no estuário para a problemática da comunidade de roazes do Sado e para a necessidade da sua salvaguarda e protecção”, conta Célia Ferreira, uma das caras da campanha. O que a equipa de sensibilização faz é dirigir-se directamente às embarcações, falando com quem lá trabalha e distribuindo material informativo, nomeadamente um “código de conduta a seguir, no caso de avistamento de Roazes”.

“A população de roazes do Sado é a única residente num estuário em Portugal e uma das poucas a nível europeu”, conta a engenheira. Como tal, têm de ser tomadas todas as medidas necessárias para a sua protecção. Actualmente, há 28 golfinhos.

Esta edição será semelhante às anteriores, segundo Célia Ferreira. “Queremos que todos aqueles que se cruzam e contactam com estes animais sabem o que fazer, no sentido de contribuírem para a sua manutenção neste local”, garante. “Temos registado um aumento significativo de pessoas que já conhecem o código de conduta, algo que nas primeiras edições da campanha não se verificava”.

A campanha que decorre durante Julho e Agosto, meses em que há mais embarcações particulares dedicadas ao turismo, termina a 3 de Setembro. “É um período em que as autoridades com tutela neste território têm maiores solicitações e menor disponibilidade para uma permanência continuada no estuário e, por essa razão, uma maior dificuldade nas acções de vigilância”, garante Célia Ferreira.

As três edições anteriores foram consideradas “um sucesso”, com cerca de 650 embarcações e 5 300 pessoas sensibilizadas.

O Golfinho-Roaz é o golfinho mais conhecido de todos. É a espécie que mais facilmente se vê a partir da costa e pode ser avistado no estuário do Sado.