Eleições no Porto "não são favas contadas”, avisa Rio

Eurodeputado Paulo Rangel aproveitou a sessão de apresentação de Pedro Duarte, como candidato do PSD à assembleia municipal, para acusar o primeiro-ministro de andar “desaparecido em combate”

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Rui Rio elogiou ontem o perfil do independente que o PSD vai candidatar à Câmara do Porto, Álvaro Almeida, e declarou, num recado directo a Rui Moreira, que, “ao contrário do que se pensa”, a vitória autárquica no Porto “não serão favas contadas”.

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Rui Rio elogiou ontem o perfil do independente que o PSD vai candidatar à Câmara do Porto, Álvaro Almeida, e declarou, num recado directo a Rui Moreira, que, “ao contrário do que se pensa”, a vitória autárquica no Porto “não serão favas contadas”.

“Quero aqui dizer que, ao contrário do que se pensa, a [vitória] vai depender de nós. Isto não serão favas contadas. Há um caminho a percorrer e, se for bem percorrido, [o resultado] será bem diferente para aqueles que pensam que [ganhar a Câmara do Porto] são favas contadas”, declarou.

Discursando ao final da tarde, na sede do PSD-Porto, onde decorreu a sessão de apresentação de Pedro Duarte, como candidato à assembleia Municipal, o ex-presidente da Câmara do Porto puxou pelo partido para dizer que “Álvaro Almeida “tem condições para exercer o cargo ao qual se candidata”. “Álvaro Almeida é efectivamente um independente da sociedade civil, com uma carreira profissional e académica que responde por si”, vincou. O resto do discurso reservou-o para falar da regionalização, proclamando “um grande debate a nível nacional sem tabus, nem partidarites, para que seja possível encontrar-se uma solução o mais consensual possível” para se alcançar “um regime mais democrático e menos despesista”. No final, a plateia levantou-se, aplaudindo-o.

Paulo Rangel falou no mesmo registo de Rio, afirmando que “os jogos e as apostas não estão feitos”. E dirigindo-se a Álvaro Almeida, enalteceu o rigor que coloca em tudo o diz. O eurodeputado trouxe para o seu discurso a polémica ligada à Agência Europeia de Medicamento para criticar o primeiro-ministro, acusando-o de ter “duas caras, uma em Lisboa e outra em Bruxelas”. Depois Rangel criticou António Costa por estar "desaparecido em combate" e assim deixar a credibilidade do país "ao desbarato". "O homem que não dá a cara e que se chama António Costa está desaparecido em combate. Temos um primeiro-ministro 'missing in action'. Está dado como desaparecido", afirmou. No final deixou uma mensagem: “Devemos sair daqui com esperança e com garra para luta que temos pela frente”,

O candidato à Assembleia Municipal do Porto, Pedro Duarte, explicou que aceitou o convite para liderar a lista por razões afectivas, numa cidade que - sublinhou - “tem um enorme potencial ainda não explorado”. “Sinto que posso dar o meu contributo para poder ver uma cidade melhor (…) e Álvaro Almeida representa o melhor do Porto. É alguém que fez a sua carreira académica e profissional de forma exemplar não beneficiando de benesses ou regalias, interesses ou redes de influência”.

Segundo Pedro Duarte, a “cidade precisa de um novo fôlego. Uma cidade como o Porto merece um projecto político que seja mais do que aproveitar uma companhia low cost, publicar uns artigos em revistas internacionais e encontrar uma agência de marketing que cria logotipos”. “A Câmara do Porto precisa mais do que um bom relações públicas à sua frente”, declarou, afirmando que “no dia 1 de Outubro só há verdadeiramente duas opções: a espécie de geringonça que nos governou ou esta alternativa de futuro”.

Álvaro Almeida criticou o presidente da Câmara do Porto por “não ter obra feita” ao longo de quatro anos e mostrou-se empenhado em fazer diferente para que o “Porto continue a ser um farol da região”.

António Tavares, Jorge Costa, Matilde Alves, Luís Osório, Emídio Guerreiro, Paulo Rios, José Carlos Póvoas, Pais Clemente foram algumas das figuras presentes na sessão.