A Colômbia assistiu ao primeiro casamento a três

Os três companheiros consumaram o casamento através de um notário, que validou a união estabelecendo-os como uma unidade familiar poliamorosa.

Foto
Activista LGBT e advogado fez saber que este casamento seria o primeiro a ser reconhecido legalmente Reuters/CARLOS JASSO

Três homens. Uma relação poliamorosa. E um casamento. O caso aconteceu na Colômbia, sendo que os três envolvidos alegam que obtiveram reconhecimento legal como a “primeira família poliamorosa” no país, depois de celebrarem o casamento.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Três homens. Uma relação poliamorosa. E um casamento. O caso aconteceu na Colômbia, sendo que os três envolvidos alegam que obtiveram reconhecimento legal como a “primeira família poliamorosa” no país, depois de celebrarem o casamento.

Manuel Bermúdez, Victor Hugo Prada e Alejandro Rodríguez casaram-se no sábado em Medellín, no Noroeste da Colômbia, país onde os casamentos entre casais do mesmo sexo foi legalizado no ano passado. A Colômbia foi o quarto país sul-americano a fazê-lo, depois do Brasil, Uruguai e Argentina.  

“Queríamos validar a nossa família…e os nossos direitos, porque não temos bases sólidas legais para nos estabelecermos enquanto família”, afirmou Victor Hugo Prada, num vídeo publicado nos media colombianos na segunda-feira.

Os três companheiros consumaram a união através de um notário da cidade, que validou a união estabelecendo-os como uma unidade familiar. “Isto estabelece-nos como uma família, uma família poliamorosa. É a primeira vez na Colômbia que isto acontece”, acrescentou Prada.

A relação entre os três começou há quatro anos, sendo que nessa altura fazia parte da relação um quarto membro que morreu em 2015. "Vivemos os três numa base de convivência e solidariedade. Não há poderes, não há papéis, tem de se negociar. Aqui regemo-nos todos pelas mesmas condições ", explicou Alejandro Rodriguez à estação colombiana W Radio.

Germán Rincon Perfetti, activista LGBT e advogado, confirma a existência de diversas uniões de três pessoas na Colômbia, que podem ser formadas entre dois homens e uma mulher, duas mulheres e um homem, ou três mulheres ou três homens. Perfetti fez saber que este casamento seria o primeiro a ser reconhecido legalmente. “É o reconhecimento de que outros tipos de família também existem”, contou à AFP.