Aumentar impostos é a medida mais eficaz para combater o tabagismo

Pneumologista lamenta que ainda haja "muitas excepções" à proibição de fumar.

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Fábio Augusto

A medida mais eficaz para diminuir o tabagismo passa por aumentar substancialmente os impostos sobre o tabaco, defende José Pedro Boléo-Tomé, presidente da Comissão de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. As alterações à lei do tabaco, aprovadas na semana passada na Assembleia da República, deixaram “um amargo de boca” ao médico, que esperava que os deputados tivessem ido mais longe, nomeadamente deixando passar a proibição de fumar a menos de cinco metros de escolas, farmácias e outros estabelecimentos, que estava prevista na proposta inicial.

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A medida mais eficaz para diminuir o tabagismo passa por aumentar substancialmente os impostos sobre o tabaco, defende José Pedro Boléo-Tomé, presidente da Comissão de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. As alterações à lei do tabaco, aprovadas na semana passada na Assembleia da República, deixaram “um amargo de boca” ao médico, que esperava que os deputados tivessem ido mais longe, nomeadamente deixando passar a proibição de fumar a menos de cinco metros de escolas, farmácias e outros estabelecimentos, que estava prevista na proposta inicial.

Apesar de se congratular com o alargamento, aos parques infantis, da lista de locais onde já era proibido fumar (nos outros locais destinados a menores como os infantários e creches o tabaco já não era permitido), Boléo-Tomé considera que ainda há "muitas excepções" e lamenta que o processo tenha demorado tanto tempo, o que fez como que a entrada em vigor da nova legislação passasse de 1 de Janeiro de 2017 para o início de 2018.

O médico contesta ainda a formulação final da lei revista: "Ter uma lei que, ao mesmo tempo que equipara os novos produtos de tabaco aos cigarros convencionais, recomenda que estes sejam usados em consultas de cessação tabágica é ridículo e errado".