Fesap reclama aumentos de 2,5% na função pública em 2018

UGT exige ainda que os serviços reservem parte do seu orçamento para progressões na carreira no próximo ano.

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José Abraão é o dirigente da Fesap Enric Vives-Rubio

Os sindicatos da UGT reclamam aumento de salários e de pensões de 2,5% para a função pública no próximo ano e exigem que os vários ministérios reservem parte do seu orçamento para que o descongelamento das progressões na carreira “seja uma realidade já no início de 2018”. Estes são dois dos principais pontos da resolução aprovada nesta quinta-feira pela Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), que junta 30 organizações sindicais, e que serão incluídos no seu caderno reivindicativo.

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Os sindicatos da UGT reclamam aumento de salários e de pensões de 2,5% para a função pública no próximo ano e exigem que os vários ministérios reservem parte do seu orçamento para que o descongelamento das progressões na carreira “seja uma realidade já no início de 2018”. Estes são dois dos principais pontos da resolução aprovada nesta quinta-feira pela Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), que junta 30 organizações sindicais, e que serão incluídos no seu caderno reivindicativo.

“Desde a entrada da troika em Portugal que não pedíamos aumentos. No ano passado pedíamos uma actualização pela inflação e a correcção da tabela remuneratória única, de forma a estabelecer a diferença de 50 euros entre as posições remuneratórias”, explicou ao PÚBLICO o dirigente da Fesap, José Abrão.

O dirigente valoriza a reposição de rendimentos que vem sendo feita pelo Governo de António Costa, mas considera que é preciso ir mais longe: “Um aumento de 2,5% é uma proposta séria para a negociação”, defende.

Para a Fesap é inaceitável que o Plano de Estabilidade apenas admita actualizações salariais para os trabalhadores da Administração Pública em 2022. “Isso conduziria à inaceitável continuidade do percurso de perda do seu poder de compra”, refere a estrutura no comunicado divulgado à imprensa.

Ainda no campo dos rendimentos, a Fesap reclama que em 2018 o aumento do salário mínimo não seja inferior ao de 2017 (ano em que a subida foi de 5,1%) e volta a desafiar o Governo a garantir que há uma diferença de 50 euros entre as várias posições remuneratórias, uma vez que com a subida da remuneração mínima a primeira e a segunda posições acabaram por se fundir.

Com o Orçamento do Estado para 2018 já em preparação, a estrutura deixa claro que “procurará obter todas as garantias de que os orçamentos dos diversos ministérios contemplam as verbas necessárias” para que o descongelamento das progressões “seja uma realidade já no início de 2018”

A estrutura, liderada por José Abraão, desafia ainda o Governo a aplicar à Caixa Geral de Aposentações a despenalização das longas carreiras contributivas em caso de reforma antecipada e a eliminar também o corte pelo factor de sustentabilidade.