Cão que atacou criança em Matosinhos deverá ser entregue a uma força policial

Veterinário municipal propôs ao Ministério Público a entrega do animal a uma equipa cinotécnica policial.

Foto
Paulo Pimenta

O cão de raça Rottweiler que em Abril atacou uma criança em Matosinhos vai ser entregue a uma equipa cinotécnica policial caso vingue uma proposta do veterinário municipal ao Ministério Público, adiantou esta terça-feira à Lusa fonte da câmara local.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O cão de raça Rottweiler que em Abril atacou uma criança em Matosinhos vai ser entregue a uma equipa cinotécnica policial caso vingue uma proposta do veterinário municipal ao Ministério Público, adiantou esta terça-feira à Lusa fonte da câmara local.

Segundo a fonte, após o período de quarenta a que o animal esteve sujeito no canil municipal, o veterinário propôs ao Ministério Público (MP) a sua entrega à PSP ou GNR.

A 25 de Abril, uma criança de quatro anos foi atacada por um cão de raça Rottweiler, em Matosinhos, tendo sido transportada para o Hospital de São João, no Porto, onde foi submetida a duas cirurgias.

O dono do animal estaria a passear o Rottweiler sem trela e sem açaime, tendo sido chamado à atenção por transeuntes. Foi então que "o homem se insurgiu contra as pessoas" e o cão - que "por lei deve andar com açaime e trela" - atacou pela primeira vez a criança de quatro anos, contou na altura fonte policial à Lusa.

Após o primeiro ataque, o pai da criança terá começado a tirar fotografias e "o indivíduo insurgiu-se e agrediu-o", pelo que "o cão atacou novamente a criança", acrescentou.

Além da criança, que sofreu ferimentos no couro cabeludo, ombro e mãos, a mãe também foi atacada, tal como uma terceira pessoa, frisou.

O dono do cão foi presente ao Tribunal de Matosinhos a 26 de Abril, tendo ficado sujeito a Termo de Identidade e Residência por decisão do MP.

Nos dias seguintes ao ataque começou a circular na Internet uma petição contra o abate do animal.